Para reflexão...

A difícil tarefa de recomeçar!

Como é difícil começar. A maioria das pessoas sofre de medo de iniciar e de pânico de reiniciar.

Iniciar depois que um dia se começou alguma coisa, porém, se caiu, é, todavia, bem mais difícil.

Sim! Porque no fazer “de-novo” depois da queda, tem-se que aprender a ciência do fazer sem a energia do começar, que, em geral, vem da ambição de provar o próprio valor, e, depois, prossegue pela simbiose entre sucesso e vaidade.

Aquele que um dia fez e caiu no que fazia, tem que se erguer de escombros de depressão, de tristeza e de realidade em estilhaços, e isso sem os ânimos do engano.

Eu sei o que estou falando. Já tive que me por de pé muitos e muitos dias apenas crendo que é em pé é que eu deveria estar. E dizia para mim mesmo: “Filho do Homem! Põe-te em pé e falarei contigo!”; ou ainda: “Que fazes aqui Elias?”; ou mesmo: “Das profundezas clamo a Ti Senhor!”

E para recomeçar?

Veneno no prato e na consciência!

Descobrimos um lugar que não tem só Chicken Pie, por isso vou todo dia para comer alguma coisa diferente.
Fiz amizade com todo mundo. Já botei apelido na galera e vivo enchendo o saco de todos. Até já “pendurei” um café (sim, café! Expresso!). Sinal de que a moral tá alta.
Ou melhor, tava.
Um dia desses, cheguei lá e uma atendente resolveu me perguntar o que vim fazer na Nigéria.
Falei sobre o orfanato. Eles ficaram interessadíssimos. Pararam de atender e uma rodinha se formou ao lado do “white man”.
Mal começa a conversa, do meio surge uma pergunta: Você já ouviu falar de crianças-bruxas?
- Já. A gente cuida delas.
Espanto geral.
- Vocês tem bruxas no orfanato?
Quando ia responder, emendaram:
- Você come com elas?
(Eles acreditam que algumas “crianças-bruxas” passam o “veneno” da bruxaria através da comida – a pastorada não tem mais o que inventar aqui!)
- Sim, como com cada uma delas.
Um “Oh, my God!” de espanto foi quase geral.
Essa rapaziada é gente boa, mas a consciência está contaminada! Os caras pregam isso nas igrejas o tempo todo, ensinam essas maluquices, ensinam de tudo, menos de amor, do Evangelho, de Deus.
Aí eu já fiquei puto. E quando eu fico bravo, meu inglês fica ainda pior, eu embanano tudo, já quero xingar e descer o sarrafo, fico gago e fanho, trêmulo e todo esquisito… aí pensei: Vou armar a zona aqui!
Tinha um casal jantando, coitados. Se ferraram.
Apelei: Mentalidade como a de vocês é que mata a criançada. (Peguei a faca de plástico de passar geleia e coloquei no meu dedo médio). Um pastor cortou o dedo de uma criança (e comecei a apertar a faca no meu dedo enquanto ouvia um “Sir, Please, stop!”) porque disse que ela era bruxa. Uma criança de 6 anos. Por causa de pensamentos assim! Fora os que enfiam pregos na cabeça, tacam fogo, estupram e matam!
O casal engasgou com a comida. Os atendentes ficaram assustadíssimos.
- Quem aqui é cristão?
Todo mundo em silêncio, com vergonha. Todos eram.
- Pois na igreja de vocês o pastor nunca falou que Jesus disse que se a gente não for como criança, a gente não pode ver a Deus? E que é melhor botar uma pedra de moinho no pescoço e pular no mar do que fazer mal a um pequenino? E disse: Deixe vir até mim os pequenos, não atrapalhe eles, deles é o Reino dos Céus! Nunca?!
Uma mocinha disse: Você pode me falar onde estão esses versículos?
Aí já diminuí o tom… eles começavam a se interessar pelo que Jesus disse e não por aquilo que o pastor diz que Jesus disse…
Terminei dizendo bem pausadamente: Vou sempre comer com esses pequenos e se tem algo que eles me transmitem enquanto comemos juntos é muito amor.
Espero que eles tenham me entendido. O inglês furréca sempre sai mascado.
Lembrei dos religiosos que acusaram a Jesus: Este recebe pecadores e come com eles.
As crianças recebem um pecador de 90 quilos e come com ele, todo dia. E não é pouco o que essa molecada tá comendo! Nem o tio…
A religião sempre mergulha no abismo da intolerância depois de trilhar o caminho da ignorância.
O Evangelho é uma outra história.
Uma história de Amor, consciência e Graça.
Gito Wendel
14 de Dezembro de 2013 | Esit-Eket, Akwa Ibom, Nigeria
HOPE’S FACTORY
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Descobrimos um lugar que não tem só Chicken Pie, por isso vou todo dia para comer alguma coisa diferente.

Fiz amizade com todo mundo. Já botei apelido na galera e vivo enchendo o saco de todos. Até já “pendurei” um café (sim, café! Expresso!). Sinal de que a moral tá alta.
 
Ou melhor, tava.
 
Um dia desses, cheguei lá e uma atendente resolveu me perguntar o que vim fazer na Nigéria.
 
Falei sobre o orfanato. Eles ficaram interessadíssimos. Pararam de atender e uma rodinha se formou ao lado do “white man”.
 
Mal começa a conversa, do meio surge uma pergunta: Você já ouviu falar de crianças-bruxas?

Algo simples para mudar o mundo

Se a gente quer mudar o mundo, precisa ser capaz de fazer algo simples, básico, e eficiente, como mudar algo na nossa cômoda rotina. É cansativo tanta gente cheia de teoria, desconectada de práticas simples. 

O mundo muda quando você faz coisas simples: desliga a TV, deixa de usar sacolas plásticas, cozinha em casa, fica com os filhos...

Curtir ideias não muda nada, achar o que os outros fazem super legal, não altera nada, admirar os grandes feitos, não tem efeito. Ouse dar um passinho destes bem simples, de conversar, de deixar de usar celular, de comprar na venda, mas ainda mais, faça algo com seu corpo, plante uma árvore, composte, construa algo.

Neste Natal estamos mais uma vez propondo uma coisa simples: plante uma árvore, frutífera ou nativa, perto de sua casa. OU seja, sai de casa, faz um buraco, coloca adubo e rega por trinta dias depois. Eu convidei umas mil pessoas.... Seriam 1000 árvores a mais, mil ações de família a mais, milhares de pássaros com pouso e comida, milhões de carbono capturado, menos consumo, mais alegria, diminuição de temperatura no microclima, estudo de algo novo para você (por que você acaba pesquisando e buscando) novos relacionamentos que surgem, descobrir coisas, mais água retida, menos enchente.

Agora.... Se a gente não consegue se programar para abrir um buraco no chão, regar uma planta e cuidar dela um pouco, se não consegue abrir mão da sacolinha plástica, e se não consegue desligar a TV para conversar... Ai o mundo tá perdido, e perdido em ideias que nunca se realizam, devido à incapacidade de tomar uma atitude simples.

Pense nisso, planeje uma mudança e “não despreze o dia das coisas pequenas". Quando te virem fazendo algo pequeno assim, vão desprezar, moquear, rir, mas lembre que os Rios se enchem de garrafas PET individuais, de sacolas individuais, a terra se contamina de baterias individuais, a água se polui com cocôs individuais..... o seu ato, estraga ou concerta... sim.

Claudio Oliver

O PODER DO ABRAÇO

Será que podemos mudar o mundo com um abraço?
Sim! A melhor forma de vencermos o mal é com bem.
É vencer a raiva com sorrisos e abraços. Afinal, a insistência da Paz vence as energias do ódio.

JESUS E O MORALISMO

Ao ler os evangelhos, vejo um Jesus muito pouco, ou melhor, nada preocupado com questões "morais".
 

Não o vejo preocupado em saber se o indivíduo fuma, bebe, joga, etc...

Mas o vejo intensamente preocupado em que seus discípulos (e todos os outros que o ouvem) aprendam que o mais importante é o amor!

E não o amor dos "apaixonados", que derramam-se em horas de adoração, bajulação e declarações do tipo "estou apaixonado por Ti, Jesus!"

Mas o amor na prática, que vira gestos, que se estende na direção do outro. Amor que tem nome, toque, carinho... que é palpável... que nem precisa de discursos...

Engraçado que, "naquele dia", não se dirá "venham, benditos, que não fumaram, não beberam, não jogaram, não transaram, não abriram mão da 'sã doutrina', não se misturaram com não cristãos, etc..."

Ele simplesmente dirá: "Vinde, benditos do meu Pai, porque tive fome, e me DESTES de comer; tive sede, e me DESTES de beber; era forasteiro, e me HOSPEDASTES; estava nu, e me VESTISTES; enfermo, e me VISITASTES; preso, e FOSTES VER-me."

E o mais engraçado é que os "justos" do texto (podem conferir depois em Mateus 25:34-40) nem sabiam que eram "justos", nem tinham noção da "doutrina"... surpresa geral...

Esse Jesus é mesmo surpreendente, não?

Pense nisso!

Que nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus, todos os que têm alma sabem. Mas isto tem a ver com a Palavra de Deus, não com o Livro Bíblia. Porém, o que se vê é que se dá aos pobres o Livro Bíblia em nome da Palavra de Deus, e não se dá o pão com amor, que, nesse caso, seria a própria Palavra de Deus!

Caio Fábio