PENTECOSTALISMO, ESPIRITUALIDADE 171 E AVENIDA BRASIL
sábado, 20 de outubro de 2012
Tufão é muito mais gente de caráter do que a maioria dos pastores 171 que em nome de “Deus” fazem do povo os “bichos do jogo”
sábado, outubro 20, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 commentsPENTECOSTALISMO, ESPIRITUALIDADE 171 E AVENIDA BRASIL
Existem muitos modos
de “ver” as coisas que concernem a “Deus” [conceito] e à “espiritualidade”
[prática do conceito espiritual no qual se crê].
Nem de longe é meu
objetivo discorrer sobre as principais vertentes dessas espiritualidades;
afinal, teria que ser um imenso de um livro o projeto que sequer pretendesse
arranhar as multi-gamas dessas variáveis de olhar espiritual entre os humanos.
Atenho-me ao nosso
meio imediato: o mundo cristão evangélico!
Ora, no ambiente
chamado “evangélico” [que cobre hoje todos os grupos não católicos de confissão
bíblica no país] — foi o Pentecostalismo [de todos os matizes] o introdutor de
um pressuposto devastador para a produção de uma consciência carregada de
caráter e honestidade nas práticas da vida.
O Pentecostalismo, em
linhas gerais, não é predestinista-divino da segurança da salvação [como são os
Reformados], embora seja predestinista-humano do inferno, quando pela certeza
de que “fora dos cultos e das frequências e filiação à igreja local não há
salvação”, com imensa facilidade danam toda a humanidade não igrejada no
fogo...; sim, e isso por um tempo de duração eterna.
Assim nasce a ufania
de que o crente pentecostal tem um poder espiritual maior do que todos os
demais, pela certeza de que se houver observância aos ditames morais e aos
costumes espirituais da “igreja” a pessoa se torna santa, e, portanto, superior
a todos os demais humanos no planeta [caso não faça nenhuma irregularidade
bíblico comportamental e jamais deixe de obedecer ao seu pastor ou líder].
Além disso, se ensina
também [sem a frase explicita, mas nas entrelinhas] que “Deus é Pentecostal”,
depois “evangélico”, e, depois de tudo..., quem sabe..., talvez... Deus seja
“cristão” no sentido lato do termo. Mas apenas muito “quem sabe”...
Quando falo de
“Igreja Pentecostal” me refiro mais ao conceito e práticas do que ao um nome ou
placa. Que fique entendido; até porque a “igreja evangélica” que não é publicamente
pentecostal, na prática das coisas, todavia, o é quase que na sua totalidade.
A crença é a
seguinte: “Deus” tem um borogodó que os pentecostais que não tem com mais
ninguém!
A eles “Deus” deu
muitos poderes, especialmente aos seus líderes...
Sim, deu-lhes o poder
de falar em línguas, de profetizar, de curar, de repreender o diabo, de
comandar anjos, de condenar homens ao inferno, de separar o joio do trigo, de
dizer o que é certo e errado para os outros todos, de intervir nos governos, de
enquadrar as minorias, de acusar os que não são “evangélicos” de serem “o
mundo”; e mais: deu-lhes o poder de darem ordens a “Deus”, de ordenar-Lhe o que
“fé/desejo/capricho/nosso”. Sim, deu-lhes o poder de determinar [caso a pessoa
não esteja devendo nada à “igreja”].
Porém, mais do
que tudo, “Deus” os tornou os “Seus” representantes autorizados no planeta;
assim..., eles também têm o poder de amaldiçoar, de abençoar conforme o
interesse, de cobrar e receber dinheiro de “Deus”, de criarem “campos de força
espiritual” [a cobertura]; além de que são eles que decidem o que Deus liga nos
céus ou desliga na terra, conforme a determinação deles.
Ah, o “Eterno” também
deu a eles o poder de “lavar o dinheiro de Deus”.
O dinheiro pode ser
roubado, mas se devidamente dizimado na “igreja”, está lavado.
O dinheiro pode ser
de drogas, mas, dedicado à igreja, se torna santo.
O dinheiro pode ser
da máfia, porém, se for tirado o dizimo do bruto, tudo está legalizado por “Deus”.
Ora, como o
Pentecostalismo é revelacionista existencial... [embora creia no livro Bíblia e
dele faça suas doutrinas; [adorando o livro como um ente sagrado], ainda que se
dizendo uma fé bíblica, de fato, a qualquer momento, por causa do modo intimo e
diferenciado que “Deus” trata os “Seus herdeiros pentecostais”, o que a Bíblia
diz pode se tornar uma Lei Para Todos, mas não para o ente revelacionista
existencial pentecostal; posto que para ele “Deus” dê novas “revelações”, as
quais podem “abrir para o crente pentecostal somente” [...] uma porta especial
e inigualável; a qual, para os demais homens “sem revelação” está vetado o
entrar, mas para o “ungido” está legalizado pelo Senhor.
E tem mais: se o que
estiver em jogo for a prosperidade da causa do “Evangelho ou da Igreja”, vale
tudo!
Sim; vale tudo!
Querem que eu cite
histórias aos milhares para demonstrar que é assim que é?
Desse modo, até a
oração é “adianto indevido” pro lado do “crente”.
O sujeito não estuda,
não trabalha, não se esforça, não aprende, diz que tudo coisa do “mundo”, e
diz: “Eu determino que sou cabeça e não cauda, e, portanto, saiam os ímpios do
meu caminho porque sou filho do Rei!”
Sendo assim, ser
filho de “Deus” é ser um playboy filho de mafioso culpado e que realiza todos
os caprichos de seu filho bandido e arrogante.
Ora, esse conceito se
espraia para todas as dimensões da vida... Sim, literalmente altera tudo no
olhar do individuo e mata o seu caráter e a sua humanidade fundamental,
roubando-lhe a benção da consciência justa, e, assim, dando a tal
individuo a espiritualidade 171 dos estelionatários.
Na verdade o homem se
torna o que ele confessa como espiritualidade. Tudo nele passa a ser a imagem e
semelhança de sua confissão e entendimento.
Desse modo, me diga;
sim, sendo assim, me diga:
TENDO ESSE “DEUS” E
DESENVOLVENDO ESSA “ESPIRITUALIDADE”... COMO É POSSÍVEL VIVER EM HUMILDADE,
SERVIÇO, COMPAIXÃO, ENTREGA, SOLIDARIDADE INSDISCRIMINADA, HONESTIDADE, BONDADE,
TRANSPARENCIA E REVERENCIA PARA COM TUDO E TODAS AS COISAS NA EXISTÊNCIA,
QUANDO TUDO O MAIS É PARA SER USADO PELOS NOSSOS CAPRICHOS BREGAS, SEMELHANTES
AOS DESEJOS COTIDIANOS EXPRESSOS NA CIDADE RELIGIOSA CHAMADA DE DIVINO NA
NOVELA AVENIDA BRASIL?
Assim, digo: a coisa
ficou tão 171 em tudo que não titubeio em afirmar que o personagem Tufão da
novela Avenida Brasil é muito mais gente de caráter do que a maioria dos
pastores 171 que em nome de “Deus” fazem do povo os “bichos do jogo”.
Com tal
espiritualidade não é possível viver com lucidez, sobriedade, simplicidade,
humanidade, solidariedade indiscriminada e caráter de Cristo em nós.
Entenda: falei não de
pessoas e nem de uma sigla, mas apenas de um espirito que permeia quase toda a espiritualidade
“evangélica”.
Sem medo de ser
julgado, pois Nele falo com sinceridade,
Caio
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