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segunda-feira, janeiro 28, 2013 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
TRAGÉDIA e
ACIDENTE: gente ficou ferida e outros morreram!
Uma tragédia acontecera. Pilatos misturara o sangue de
alguns Galileus com o sangue dos sacrifícios que eles ofereciam em seu culto
fora de lugar, fora do Templo de Jerusalém.
Outra tragédia
aconteceu logo depois. A torre do Tanque de Siloé desabou e matou as 18 pessoas
que lá estavam.
Jesus estava andando pelo país...
Então, chegaram as notícias.
“O Senhor soube? Soube o que Pilatos fez? Soube o
que houve com os crentes na torre que caiu?”
Eles queriam um juízo, uma explicação, uma
condenação, uma lógica moral. Afinal, esse negócio de tragédia — pensam os
crentes —, é coisa para descrente e para crente em pecado; pois, a teologia dos
crentes sempre foi a dos “amigos de Jó”: tragédia é o fruto do pecado; e é
sempre juízo de Deus contra o pecador.
Sim! Desse modo pensam sempre os crentes, exceto
quando a casa que cai é a deles!
Mas quando a casa cai e a residência é a do
descrente ou a do crente “desviado ou em pecado”, então, está tudo explicado!
Jesus, porém, ouviu as insinuações que as
“questões” induziam ao pensar, e, sem falar delas, apenas disse:
“Vocês pensam que os Galileus da tragédia eram mais
pecadores do que os demais Galileus que não morreram? Ou que aqueles 18 sobre
os quais a torre caiu eram mais pecadores do que os demais habitantes de
Jerusalém? Em verdade eu digo a vocês não eram. Mas se vocês não se
arrependerem, todos igualmente perecerão”.
Para Jesus telhados que caem são apenas telhados
que caem; e podem cair sobre a cabeça de qualquer um. Para cair, basta estar no
alto, e, para matar, basta que haja gente em baixo.
No entanto, sabendo como os “crentes das noticias
de tragédias” são como pessoas, Jesus apenas disse:
Não é o modo da morte que conta. É o modo da vida
que conta. Se vocês continuarem a viver assim, morrendo, sem Deus, porém cheios
de religião, ainda que vocês morram de velhos, todos, todavia,
independentemente do modo da morte, perecereis para a eternidade; posto que
cuidaram apenas de julgarem os mortos, e não aprenderam a viver a vida dos
vivos!
Não importa o modo da morte. Importa sim o modo da
vida; pois, se não mudarmos de mente, todos, igualmente, veremos não um céu de
gesso, como o da Renascer, cair na nossa cabeça, mas veremos os céus mesmo,
desabando sobre nós e sobre nossas incuráveis arrogâncias.
Oro por todos. Por todos mesmo: os acidentados, os
feridos, os enlutados, os aflitos...
Oro também para que, não pelo telhado ou pelas
mortes, mas pela vida, que os responsáveis espirituais por este povo agora
ainda mais perdido e confuso convertam-se à vida que é; e que não é como eles
ensinam ao povo que seja; e a prova disso é que os telhados caem e não há
ninguém que possa decretar ao contrário.
O convite de Jesus não é para que se pondere sobre
as tragédias, mas sim sobre a vida que nunca é trágica, mesmo quando as
tragédias se abatem sobre ela.
Sim! Tal vida não julga a Graça de Deus por
dinheiro, prosperidade ou sucesso humano; mas, exclusivamente, pelo testemunho
de coerência com o Evangelho, ainda que se esteja morrendo a morte mais louca e
insana, como a de João Batista, cuja cabeça foi servida em um prato a fim de
que Herodes fizesse a corte de uma jovem que ele desejava ‘comer’ como quem
come um pedaço de picanha.
Silêncio! O Senhor está no Seu Santo Templo!
Cale-se diante Dele toda a Terra!
Nele,
Caio
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