“Eis o filho; matemo-lo, e a herança será nossa!” — disseram os vinhateiros quando decidiram matar o Filho do Dono da Vinha.
Com efeito, tanto se opuseram contra o Filho antes de o matarem que Jesus chegou a dizer que eles pecavam contra o Espírito Santo, pois, mesmo reconhecendo “o dedo de Deus” operando em Jesus, ainda assim chamavam-no de demônio e atribuíam Suas obras a Satanás.
Depois, quando viram que a ressurreição de Lázaro de Betânia era inquestionável, pois o morto já era de quatro dias e já cheirava mal, decidiram matar Lázaro a fim de eliminarem a evidência do milagre.
Posteriormente, eles decidiram que era a “hora certa” para matar Jesus antes que fosse tarde demais, pois viam que se O deixassem vivo, poderiam perder o único poder que tinham, que vinha da força que o Império Romano lhes dava, concedendo que eles tivessem grande poder sobre o povo, controlando os negócios do templo, representando o Deus de Israel na Casa de Deus e cobrando impostos em Seu nome.
E mesmo quando os guardas da tumba de Jesus disseram que anjos haviam aparecido e que o corpo de Jesus saíra de dentro dos próprios lençóis onde Ele havia sido posto — isso sem falar que a pedra de mais de uma tonelada também estava removida para o lado —, ainda assim eles preferiram dizer que era um “embuste”, que o corpo havia sido roubado, e compraram o silêncio dos guardas.
Sim, eles fariam qualquer coisa para não perder o poder sobre a Vinha!
Nos dias de Jesus eles O mataram, conforme a parábola da Vinha já previa. Nos nossos dias, entretanto, isso tem a ver com matar o Evangelho da Graça e da Liberdade em Cristo e ressuscitarem a Lei do Medo e da Morte, visto que o Evangelho do Filho lhes tira das mãos o poder no qual se viciaram.
Ora, nem mesmo para o Filho de Deus eles querem entregar o poder da gestão da Vinha. Assim, a maioria dos “vinhateiros modernos” sabe o que é o Evangelho. Sim, porque nem um louco que saiba ler conseguirá deixar de sentir o espírito de Jesus no Evangelho. Portanto, o que fazem é deliberadamente “matá-lo”, pois a prevalência do Evangelho acaba com o Templo como negócio e acaba com o negócio no Templo. Ou seja: acaba com a religião como lugar de representação de Deus e, além disso, entrega todo poder ao Filho.
Ora, nós dizemos que Ele é a Videira Verdadeira, que Ele é a Pedra Angular, que Ele é Deus, e muito mais. Dizemos a toda hora que a Ele pertence a honra, a glória, a riqueza, e o louvor. E cantamos as maiores exaltações e elogios a Ele. Isso desde que Ele não apareça. Pois se Ele aparecer como Ele hoje aparece, que é como manifestação do Evangelho da Graça, os mesmos que "a Ele levantam as mãos” são os que mais odeiam a manifestação da Graça, fazendo de tudo para “matá-la”, posto que o poder deles vem justamente da ausência do Evangelho em seus cultos “evangélicos”.
Sim, é no vácuo do Evangelho que eles criaram “o evangelho segundo os evangélicos”, o qual é a própria negação do Evangelho. Sem falar que pela ressurreição das leis, dos sacrifícios, das barganhas e da volta ao judaísmo, eles, como afirma Paulo, crucificam o Filho de Deus pela segunda vez e pisam sobre o Sangue da Aliança.
Desse modo, irmãos, eu não creio que os “presentes vinhateiros” tenham coragem de entregar a Vinha a Seu Dono, pois já estão possuídos pelo espírito dos vinhateiros que mataram historicamente o Filho.
Quem quer que tente tomar posse da Vinha contra a legitimidade do Filho, esse é “vinhateiro assassino”. Sim, esse diz: “Eis o Evangelho. Matemo-lo; e, conforme nossa vontade, tomemos posse de sua herança!”
Esse é o perigo sob o qual nos colocamos quando nos deixamos tomar pelo espírito dos “vinhateiros”.
Pense nisso!
NEle,
Caio
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