sábado, 4 de fevereiro de 2017
À Estação Campo Grande
sábado, fevereiro 04, 2017 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Mudar o calendário, significa apenas alterar os dígitos
da expressão numérica do que para nós humanos é representação
do tempo cronológico e físico. Até festejamos, periodicamente esta
mudança cronológica, como um rito de passagem de nossa marcação
cíclica do Cronos e intervenção no espaço. O tempo é medido e
quantificável para nossa referência e incidência espaço-temporal.
O tempo de 2016 já não é mais real... foi enquanto na
contagem cíclica, um período de tempo e torna-se agora, um tempo
passado recente, um objeto verificável a partir dos fatos no
decorrente processo histórico. Este movimento cíclico, é
igualmente significativo, quanto necessário. Ter os marcos do tempo
em contagem e definição, deste modo, possibilita-nos ter a noção
da processualidade histórica do agir na temporalidade, e nos ajuda a
dimensionar o que já fizemos ou deixamos de realizar, frente aquilo
que ainda poderemos realizar, fazer e viver.
Embora, diga-se popularmente, que “o ano só começa
após as festividades de carnaval”, porém, é inquestionável a
constatação na expressão provocativa do compositor popular em sua
canção: “o tempo não para”. É fato que, não para mesmo! Quem
decidi parar diante da materialidade no Cronos histórico, estará,
inexoravelmente, em estado de alienação da realidade, sob o risco
do anacronismo mórbido e atrofiante, do ranço conservador
regressivo, da obsolescência estéril e da nostalgia paralisante,
apegada ao que já não é mais, à despeito do horizonte que nasce e
apresenta-se como novidade e possibilidades. Desta forma, o tempo
concreto é uma apreensão da concretude na realidade e materialidade
histórica, inerente ao ser social.
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