domingo, 23 de junho de 2013

Nós humanos e a crise da falta de amor

domingo, junho 23, 2013 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments



“A ditadura perfeita terá as aparências da democracia, uma prisão sem muros na qual os prisioneiros não sonharão sequer com a fulga. Um sistema de escravatura onde, graças ao consumo e divertimento, os escravos terão adoração à sua escravidão.” Aldous Huxley
Quando ainda cursava a faculdade, entre uma das paradas de greve e suas chamadas para o engajamento nas passeatas, lembro-me de ouvir o apelo de que o segredo de ser jovem é ter uma causa. Foi buscando a minha que encontrei no pacifista indiano Mahatma Gandhi o que mais me inspirou como proposta de revolução.
 

Sua luta contra os ingleses por meio de seu projeto de não-violência é filosófica e real. Recorria a jejuns, marchas e passeatas como prática do lema de que o amor é a força mais sutil do mundo. Era mais que uma causa, pois se materializava em um jeito de levar a vida. Um estilo que pode ser representado sim em protestos, mas que deve ir além da indignação com tudo de ruim que o outro comete.

Claro que me revolta a desigualdade social, a miséria, a corrupção, os gastos perdulários com a copa, o Judiciário corrupto, o sistema de saúde decadente, o sistema escolar pobre, a polícia arbitrária, o Congresso bandido e o meio ambiente em contagem regressiva de destruição. Participar de passeatas é sim um ato digno, mas de que adianta quando sei que muito pouco faço no meu corriqueiro dia de hoje, nas manhãs de bom dia gélido e aos pedidos simples de socorro nas esquinas da vida?

Os dias são maus e escravizantes, mas só acredito na mudança que se produz como resultado de milhares de pequenas ações de gentileza, que parecem insignificantes. Entre eu, você e nosso medo de amar.


Haline Maia



fonte: http://somdaletrah.wordpress.com/2013/06/16/nos-humanos-e-a-crise-de-falta-de-amor/
 


0 comentários:

Postar um comentário