quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016
“DESCONSTRUÇÃO”: um mito pós-moderno!
quinta-feira, fevereiro 04, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 1 comments
“Desconstrução” é uma palavra nova entre os
humanos. Vem de algo que não é um “destruir”, mas um desmontar gradual, e que
inclui o processo de entender o que se está desmantelando, sem cometer, assim,
injustiças com o que era; ao mesmo tempo em que não se deixa dúvida de que
aquele é um ato de insatisfação; e que ou propõe ou busca uma alternativa; a
qual poderá até aproveitar o que de bom ainda houver na estrutura em processo
de desmonte.
“Desconstrução”
é uma palavra politicamente correta. Sim, ela está cada vez mais na moda. A
primeira vez que me dei conta dela foi em inglês, aí pelo meio da década de 80.
Depois li alguns teólogos católicos que usavam e abusam da palavra. Na década
de 90 ela entrou para o dicionário cult. Então, nesta primeira década do novo
milênio, ela ganhou sua popularidade conceitual e elegante. Ficou cult dizer
que se está desconstruindo algo. Parece que você está sendo revolucionário. Dá
um ar de construtividade destrutiva inteligente. É legal. É cool!
Desconstruir,
porém, do ponto de vista do Evangelho, ainda é uma falsificação farisaica,
apenas politicamente correta. Sim, porque Jesus não veio para desconstruir, mas
para fazer o novo.
A
desconstrução já é feita pela própria realidade; e tudo o que não for
desconstruído pela própria realidade não terá sido desconstruído, mas sim,
destruído.
Jesus não
destruiu e nem desconstruiu a religião de Israel. Ele apenas fez o Seu próprio
Caminho. Ele era a Realidade. Assim, não vemos em Jesus qualquer analise a fim
de buscar um bom posicionamento. Não! Ele é o Posicionamento! Ele faz o que é
Real. Por isto, ele não destrói e nem desconstrói. Ele apenas faz o Novo. E
assim o que é destrutível ante o que é Real, cai na extinção do lago de fogo
das ilusões; e assim o que é desconstruível, se desmonta por sua própria conta.
E se Jesus não deixa ninguém para trás nem mesmo para sepultar um pai já
morrido, deixará que fique alguém para trás a fim de exumar aquilo que já não
é?
Jesus não
constrói também. Ele dá a semente. Ele planta. Ele a semeia no útero da terra.
Ele a rega. Ele dá a ela luz. Ele faz mudar as estações a fim de que o ciclo da
vida entre em curso. Ele a faz florescer. Ele a abre em frutos, na estação
própria. Jesus é como o Pai. O Pai cria, mas não constrói. Os homens fazem. O
Pai chama à existência pela Palavra de Seu poder. Deus nunca “construiu” nada;
e como Jesus só fazia o que via em Seu Pai, também nada “construiu”; nem mesmo
um livro deixou para nós.
O livro,
com bom senso, nós reunimos num volume. Jesus, porém, não construiu nada; pois
havia criado tudo. Ele também não reforma nada. Ele trans-forma tudo.
Sim, em
Jesus não existe nenhum espírito de Reformação, mas apenas de transformação!
Não
desperdiça pano novo em veste velha, pois, estragam-se ambos. Não recomenda que
se ponha vinho novo em odres velhos pela mesma razão. Também não crê que aquele
que se viciou no vinho avinagrado e velho, e que já misturou seu gosto à pele
do odre de couro, jamais considerará o vinho novo melhor. E quando olha para
trás, Ele vê Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Davi, menciona Moisés, e João
Batista, fazendo aos profetas apenas alusões de significado. Recomenda que se
ande na fé que tiveram, mas não faz estudos sobre eles. Nem tampouco recomende
que se siga o modelo deles. Não! Jesus diz que eles andaram pela fé e manda que
na mesma confiança caminhemos. Mas não tenta reeditar nada.
O Reino
de Deus, que é a Sua mensagem, sendo sinônima de Evangelho, tem seu caminho
para frente... Desconstrução, entretanto, é ainda uma palavra de quem de tão
educado, deseja desmontar algo com as cautelas dos arqueólogos de múmias.
Jesus, todavia, passa ao largo de tal escavação e pára diante de tumbas apenas
para ressuscitar mortos; pois, Seu Caminho, é Vida; e não um movimento de
construção e nem tampouco de desconstrução; mas sim de transformação e de
criação; sempre!
O resto,
a desconstrução, fica para o trabalho de exumação destrutivamente criativo de
quem tem tempo não apenas para, com os mortos, sepultar mais mortos; mas até
para viver para entender os mortos, ao invés de buscar servir os vivos, que é o
único caminho para discernir o homem; e, assim, participar do processo de
transformação em si mesmo, bem como no servir de adubo da Graça na
transformação e na criação de outros seres humanos; de gente nascida de novo;
não de seres reconstruídos depois de devidamente desconstruídos. Como se tal
fosse possível!
Essa é
uma tarefa para a religião, não para o povo do Reino!
Pense
nisso!
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1 comentários:
Obrigado pelo texto inspirador!!
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