Sim! Se existe Deus, e há; então, por que meio posso eu andar com Ele, se tudo em mim não tem adequação para discerni-Lo?
Nada em mim comporta Deus!
Minha mente não agüenta Deus. Meu espírito enlouquece diante de Deus. Minha alma surta. Meu corpo desfalece...
Eu sou para Deus, mas Deus não é para mim...
Somente a fé “consegue” Deus...
Sim! Pois, na fé cabe o impensável e o impossível; e Deus é ambos: impensável e impossível.
E não somente isto...
A própria experiência do existir com a presunção do saber [Queda, Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal] me põe em um estado no qual Deus, sem a fé, é a pior de todas as loucuras...
Surge o “Deus” da religião...
O “Deus” sem Deus!
Por isto, sem fé Deus faz mal.
Deus, sem fé, vira crença religiosa; ou seja: vira deus; ou “Deus”, mas não Deus.
Sem a fé..., Deus vira o diabo...
Aliás, sem a fé, o “Deus” que existe é o diabo.
Por isto, entre outras coisas, sem fé é impossível agradar a Deus!
Deus é; mas sem fé não há Deus para nenhum homem...
Então a fé é Deus?... Pois, se sem fé não há Deus para o homem, não seria justo crer que a fé seja Deus?
Não, é claro; mas, sem fé, não tenho como me relacionar com Deus!
A fé é meio, é mídia, é mão que pega o infinito apenas porque crê que não pode...
É da natureza da fé não aceitar limites como lógicas. Por isto somente a fé pode dialogar com Deus; pois, de que outra forma conversaria eu com Ele?
Sem fé não há fé... Obvio? Ah! Quem dera!
O que posso mais dizer?
Talvez mais uma coisa apenas:...
A verdadeira fé tem prazer em sua própria simplicidade e confiança.
O galardão da fé é Deus!
Quer mais?...
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