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Message-----
From: Joubert Poça
To: contato@caiofabio.com
Subject: TODOS SERÃO SALVOS?
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Querido Caio Fabio.
A paz seja convosco.
Estou vivendo uma terrível dúvida.
Após ler e re-ler os evangelhos de Jesus consegui me conscientizar
de que a pena de morte não é a solução. Mais ainda, eu incrivelmente comecei a
compreender aquilo que Jesus disse: "Amai os vossos inimigos, bem dizei os
que vos mal dizem e fazei bem aos que vos odeiam".
Hoje eu consigo me compadecer da situação da vida de
pessoas como bandidos, assassinos, estupradores, loucos, corruptos etc.
Creio que as pessoas são na maioria dos casos, produtos
do meio em que vivem e que romper este meio é demasiadamente difícil.
De uma certa forma Jesus nos ensina a compreender as
diferenças, a ter compadecimento das pessoas, mas abominar as terríveis
praticas.
Se Deus me fez pensar isto, eu pergunto: Sem Deus o
soberano de tudo e conhecendo intimamente sua criatura, ainda assim Ele vai
lançar as pessoas ao Inferno?
Qual é o pai por mais amoroso que seja, lançaria seu
filho transgressor na fogueira?
Você como pai, se você tivesse um filho da pior
espécie, mesmo ele recebendo todo seu amor e carinho, se voltasse contra você e
fosse preso e condenado a pena de morte, você concordaria com isto?
Pode uma pessoa drogada pela ignorância social e
espiritual, anestesiada por uma cegueira doentia da nossa limitação, dominada
pelo pecado que não permite enxergar a graça de Deus, ser condenada ao tormento
eterno? Ou, de alguma forma, há esperança para todos que já viveram, que vive e
que viverão neste mundo terreno, sem se confessar a Cristo ou ter um
relacionamento com Deus?
Estranhamente vejo esperança na mensagem da Cruz quando
Jesus disse: "Pai perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem..."
Jesus estava falando dos assassinos do amor.
Hoje em minhas orações eu tenho pedido ao Pai que nos
perdoe, até aqueles que aos nossos olhos não merecem salvação, e que já se
foram.
Peço que sejamos punidos severamente nas nossas
transgressões, mas que ELE não jogue as pessoas reprovadas no inferno, mas que
de alguma forma O Senhor possa se utilizar de outros meios para fazer valer a
justiça, sem que se perca o amor pelos reprovados.
Não agüento mais esta minha angustia de ver um Deus que
no Velho Testamento parece duro, soberano, e, às vezes, até ríspido; em
comparação ao Deus do Novo Testamento, mais compreensivo, meigo, em alguns
momentos agressivo (Na purificação do Templo ou quando falava aos
Sacerdotes)...
Como você vê toda esta história. Estou equivocado em
ter esta esperança? Isto me faz descrer das palavras de Jesus sobre o futuro
julgamento, absolvendo ou condenando-nos pela eternidade?
Quando eu era criança, meu pai me deu uma garrafa de
achocolatado, mas eu queria coca-cola. Ele insistiu... e eu comecei a chorar
clamando por coca-cola. Eu queria coca-cola e não abria mão. Foi quando depois
de parar de chorar, eu provei o achocolatado e comecei a beber e saborear
aquela bebida.
Realmente meu pai tinha razão. Aquela bebida era
deliciosa. O fato é que eu não enxergava isto até provar. Agora e se minha vida
tivesse acabado antes de eu beber o achocolatado, será que eu iria para o
inferno dos engradados, condenado a beber somente coca-cola pelo resto da vida?
Falo isso porque um amigo meu do trabalho perdeu o
filho dele de 19 anos que morreu com um infarto fulminante no coração. Eu me
perguntava a todo o momento se ele havia aceitado a Jesus como salvador. Senão,
será que ele foi condenado? E se Deus tivesse me tirado a vida com 19 anos, ELE
me condenaria ao inferno se, só aos 30 anos eu consegui entender um pouco de
Deus?
Em outras palavras, todas as pessoas terão nesta vida
uma clara definição pessoal sobre a vontade de Deus, para poderem discernir e
optar se querem ou não sua salvação?
Me ajude Reverendo. Eu sei que você deve estar cansado
de tantas perguntas, mais sei também que você é uma pessoa dura-na-queda, e que
tem sido uma grande ferramenta pensante na batalha pela salvação do Ser humano
como imagem e semelhança de Deus.
Gosto muito dos seus textos.
Fique afogado na graça de Deus em Cristo Jesus e um
grande abraço.
Joubert Poça da Conceição.
Resposta:
Meu querido amigo: Deus estava em Cristo reconciliando
o mundo consigo mesmo, e não imputando aos homens as suas transgressões!
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
CARTA: TODOS SERÃO SALVOS?
segunda-feira, dezembro 17, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 commentsdomingo, 9 de dezembro de 2012
Que tal abandonar o castelo e enxergar as possibilidades de encontro no caminho, na vida?
domingo, dezembro 09, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 commentsquarta-feira, 5 de dezembro de 2012
OS CRISTÃOS, OS JESUSÃOS, OS CEDÕES, OS CAMINHÕES, OS ERRÕES, E OS TOSTÕES!
quarta-feira, dezembro 05, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Já imaginaram se Deus
de fato fosse judaico-cristão e patrono do Cristianismo, conforme os crenéticos
desejam?
Faz mais sentido ser
Testemunha de Jeová no Japão. Mas Deus ser religioso e adorar a Si mesmo no
culto do Cristianismo [?] é medíocre até para um deus cristão pagão; ou
crisgão, ou pagãtão. Whatever...
Pedro aceitou a
designação de “cristão” como modo de levar o vitupério de Jesus, pois, eram os
antagônicos que assim os apelidaram, assim como se alguns mais sevecrinos
começassem a chamar o pessoal do Caminho de “os Caminhões”, e acolhêssemos como
vitupério do discipulado; ou como se o pessoal da Universal, cheios de um outro
espírito, aceitassem ser chamado de os Cedões; ou como se os da Internacional
da Graça, por quebrantamento, aceitassem ser chamados de os 2Erres; ou os da
Mundial, tendo se convertido, carregassem o apelido de os Mundões ou Boiões,
etc...
Pedro disse: “Sofra
dignamente com este nome” — que era o apelido ridículo que a eles era dado.
Assim, uma alusão ao
termo cristão em todo o Novo Testamento [...] se fez prevalente.
Por quê? Sim, por quê
[.?.] se entre os irmãos eles apenas se chamavam de “irmãos”, “os do Caminho”,
“os discípulos”, “os fiéis”, “os santos”, “os peregrinos”?
Ora, foi a culpa dos
romanos que os apelidaram de “cristãos” como quem designa “monstros” que, anos
depois, tornou o apelido pejorativo e detrativo em honra e prestígio digno.
Sim, foi a culpa
romana que buscou redimir o “cristão” insultante pelo “cristão” honrante. E,
depois, foi a culpa latente dos romanos unida ao poder patente que Constantino
conferiu à igreja do Império, que, mais uma vez, erigiu do “cristão” da culpa,
agora já o “cristão” da honra imperial, e que acabará por ser a base para o
Cristianismo, o qual veio a surgir apenas mais de trezentos anos depois de
Jesus, o Cristo.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
SOBRE VIVER
terça-feira, novembro 27, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Não fabricamos veneno, não sabemos
voar, não sabemos farejar, não conseguimos morder outros animais, temos tamanho
desengonçado, não enxergamos direito e não ouvimos muito bem, ou seja, tudo o
que nos resta é pensar. Compreender o mundo e tirar conclusões. E são
justamente essas conclusões e a capacidade que temos de observar o meio
ambiente e perceber causa e efeito - precisamente este movimento - que nos leva
à consciência que se transforma no pânico. Conseguimos antever que não vamos
dar certo.
O medo do ser humano é estrutural. O
homem é um animal amedrontado porque tem uma experiência única entre todas as
outras espécies: carrega um predador dentro de si mesmo que tem mais
consciência do que deve. Morremos de medo, e com certa razão. Temos consciência
de tempo e espaço, mas não sabemos de onde viemos, para onde vamos ou porque
estamos aqui. Vez ou outra temos alguns insights, mas que nunca nos dão certeza
se são verdadeiros. Agarramo-nos em qualquer coisa que nos alivie da tensão, ou
do torpor desde a hora em que acordamos, até a hora em que dormiremos
novamente.
O medo não é uma invenção
contemporânea. Não temos medo, por exemplo, porque hoje em dia é perigoso andar
na rua. Temos medo porque somos inteligentes, ainda que ao mesmo tempo e por
alguma razão sonhamos em não ter mais medo.
Na busca por compreender e dominar o
medo da existência, temos a nossa frente duas estradas que parecem seguir
caminhos opostos, embora partam de um mesmo ponto. Ciência e religião. A
ciência tenta decifrar a matéria, a religião, por sua vez, busca elevar o
espírito, mas a religião nada mais é que uma tentativa utópica de fugir da
decadência da matéria; e a exaltação da ciência, mesmo que utilize como método
a razão, não passa de mais uma forma de crença.
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