segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

CARTA: TODOS SERÃO SALVOS?

segunda-feira, dezembro 17, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments

-----Original Message-----
From: Joubert Poça
To: contato@caiofabio.com
Subject: TODOS SERÃO SALVOS?

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Querido Caio Fabio.

A paz seja convosco.

Estou vivendo uma terrível dúvida.

Após ler e re-ler os evangelhos de Jesus consegui me conscientizar de que a pena de morte não é a solução. Mais ainda, eu incrivelmente comecei a compreender aquilo que Jesus disse: "Amai os vossos inimigos, bem dizei os que vos mal dizem e fazei bem aos que vos odeiam".

Hoje eu consigo me compadecer da situação da vida de pessoas como bandidos, assassinos, estupradores, loucos, corruptos etc.

Creio que as pessoas são na maioria dos casos, produtos do meio em que vivem e que romper este meio é demasiadamente difícil.

De uma certa forma Jesus nos ensina a compreender as diferenças, a ter  compadecimento das pessoas, mas abominar as terríveis praticas.

Se Deus me fez pensar isto, eu pergunto: Sem Deus o soberano de tudo e conhecendo intimamente sua criatura, ainda assim Ele vai lançar as pessoas ao Inferno?

Qual é o pai por mais amoroso que seja, lançaria seu filho transgressor na fogueira?

Você como pai, se você tivesse um filho da pior espécie, mesmo ele recebendo todo seu amor e carinho, se voltasse contra você e fosse preso e condenado a pena de morte, você concordaria com isto?

Pode uma pessoa drogada pela ignorância social e espiritual, anestesiada por uma cegueira doentia da nossa limitação, dominada pelo pecado que não permite enxergar a graça de Deus, ser condenada ao tormento eterno? Ou, de alguma forma, há esperança para todos que já viveram, que vive e que viverão neste mundo terreno, sem se confessar a Cristo ou ter um relacionamento com Deus?

Estranhamente vejo esperança na mensagem da Cruz quando Jesus disse: "Pai perdoa-os, porque eles não sabem o que fazem..."

Jesus estava falando dos assassinos do amor.

Hoje em minhas orações eu tenho pedido ao Pai que nos perdoe, até aqueles que aos nossos olhos não merecem salvação, e que já se foram.

Peço que sejamos punidos severamente nas nossas transgressões, mas que ELE não jogue as pessoas reprovadas no inferno, mas que de alguma forma O Senhor possa se utilizar de outros meios para fazer valer a justiça, sem que se perca o amor pelos reprovados.

Não agüento mais esta minha angustia de ver um Deus que no Velho Testamento parece duro, soberano, e, às vezes, até ríspido; em comparação ao Deus do Novo Testamento, mais compreensivo, meigo, em alguns momentos agressivo (Na purificação do Templo ou quando falava aos Sacerdotes)...

Como você vê toda esta história. Estou equivocado em ter esta esperança? Isto me faz descrer das palavras de Jesus sobre o futuro julgamento, absolvendo ou condenando-nos pela eternidade?

Quando eu era criança, meu pai me deu uma garrafa de achocolatado, mas eu queria coca-cola. Ele insistiu... e eu comecei a chorar clamando por coca-cola. Eu queria coca-cola e não abria mão. Foi quando depois de parar de chorar, eu provei o achocolatado e comecei a beber e saborear aquela bebida.

Realmente meu pai tinha razão. Aquela bebida era deliciosa. O fato é que eu não enxergava isto até provar. Agora e se minha vida tivesse acabado antes de eu beber o achocolatado, será que eu iria para o inferno dos engradados, condenado a beber somente coca-cola pelo resto da vida?

Falo isso porque um amigo meu do trabalho perdeu o filho dele de 19 anos que morreu com um infarto fulminante no coração. Eu me perguntava a todo o momento se ele havia aceitado a Jesus como salvador. Senão, será que ele foi condenado? E se Deus tivesse me tirado a vida com 19 anos, ELE me condenaria ao inferno se, só aos 30 anos eu consegui entender um pouco de Deus?

Em outras palavras, todas as pessoas terão nesta vida uma clara definição pessoal sobre a vontade de Deus, para poderem discernir e optar se querem ou não sua salvação?

Me ajude Reverendo. Eu sei que você deve estar cansado de tantas perguntas, mais sei também que você é uma pessoa dura-na-queda, e que tem sido uma grande ferramenta pensante na batalha pela salvação do Ser humano como imagem e semelhança de Deus.

Gosto muito dos seus textos.

Fique afogado na graça de Deus em Cristo Jesus e um grande abraço.

Joubert Poça da Conceição. 



Resposta:

Meu querido amigo: Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo, e não imputando aos homens as suas transgressões!


domingo, 9 de dezembro de 2012

Que tal abandonar o castelo e enxergar as possibilidades de encontro no caminho, na vida?

domingo, dezembro 09, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

OS CRISTÃOS, OS JESUSÃOS, OS CEDÕES, OS CAMINHÕES, OS ERRÕES, E OS TOSTÕES!

quarta-feira, dezembro 05, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments




Já imaginaram se Deus de fato fosse judaico-cristão e patrono do Cristianismo, conforme os crenéticos desejam?

Faz mais sentido ser Testemunha de Jeová no Japão. Mas Deus ser religioso e adorar a Si mesmo no culto do Cristianismo [?] é medíocre até para um deus cristão pagão; ou crisgão, ou pagãtão. Whatever...

Pedro aceitou a designação de “cristão” como modo de levar o vitupério de Jesus, pois, eram os antagônicos que assim os apelidaram, assim como se alguns mais sevecrinos começassem a chamar o pessoal do Caminho de “os Caminhões”, e acolhêssemos como vitupério do discipulado; ou como se o pessoal da Universal, cheios de um outro espírito, aceitassem ser chamado de os Cedões; ou como se os da Internacional da Graça, por quebrantamento, aceitassem ser chamados de os 2Erres; ou os da Mundial, tendo se convertido, carregassem o apelido de os Mundões ou Boiões, etc...

Pedro disse: “Sofra dignamente com este nome” — que era o apelido ridículo que a eles era dado.
Assim, uma alusão ao termo cristão em todo o Novo Testamento [...] se fez prevalente.

Por quê? Sim, por quê [.?.] se entre os irmãos eles apenas se chamavam de “irmãos”, “os do Caminho”, “os discípulos”, “os fiéis”, “os santos”, “os peregrinos”?

Ora, foi a culpa dos romanos que os apelidaram de “cristãos” como quem designa “monstros” que, anos depois, tornou o apelido pejorativo e detrativo em honra e prestígio digno.

Sim, foi a culpa romana que buscou redimir o “cristão” insultante pelo “cristão” honrante. E, depois, foi a culpa latente dos romanos unida ao poder patente que Constantino conferiu à igreja do Império, que, mais uma vez, erigiu do “cristão” da culpa, agora já o “cristão” da honra imperial, e que acabará por ser a base para o Cristianismo, o qual veio a surgir apenas mais de trezentos anos depois de Jesus, o Cristo.


terça-feira, 27 de novembro de 2012

SOBRE VIVER

terça-feira, novembro 27, 2012 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments


Não fabricamos veneno, não sabemos voar, não sabemos farejar, não conseguimos morder outros animais, temos tamanho desengonçado, não enxergamos direito e não ouvimos muito bem, ou seja, tudo o que nos resta é pensar. Compreender o mundo e tirar conclusões. E são justamente essas conclusões e a capacidade que temos de observar o meio ambiente e perceber causa e efeito - precisamente este movimento - que nos leva à consciência que se transforma no pânico. Conseguimos antever que não vamos dar certo.

O medo do ser humano é estrutural. O homem é um animal amedrontado porque tem uma experiência única entre todas as outras espécies: carrega um predador dentro de si mesmo que tem mais consciência do que deve. Morremos de medo, e com certa razão. Temos consciência de tempo e espaço, mas não sabemos de onde viemos, para onde vamos ou porque estamos aqui. Vez ou outra temos alguns insights, mas que nunca nos dão certeza se são verdadeiros. Agarramo-nos em qualquer coisa que nos alivie da tensão, ou do torpor desde a hora em que acordamos, até a hora em que dormiremos novamente.

O medo não é uma invenção contemporânea. Não temos medo, por exemplo, porque hoje em dia é perigoso andar na rua. Temos medo porque somos inteligentes, ainda que ao mesmo tempo e por alguma razão sonhamos em não ter mais medo.

Na busca por compreender e dominar o medo da existência, temos a nossa frente duas estradas que parecem seguir caminhos opostos, embora partam de um mesmo ponto. Ciência e religião. A ciência tenta decifrar a matéria, a religião, por sua vez, busca elevar o espírito, mas a religião nada mais é que uma tentativa utópica de fugir da decadência da matéria; e a exaltação da ciência, mesmo que utilize como método a razão, não passa de mais uma forma de crença.