quarta-feira, 6 de julho de 2016

SEM FÉ… TODOS SÃO SADUCEUS, FARISEUS, TEÓLOGOS, FILÓSOFOS, OU SACERDOTES...

quarta-feira, julho 06, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments

Quando a Bíblia diz que o “justo de Deus apenas viverá pela fé”, ela nos dá o único modo de andar com Deus, ou com alguém que seja Deus.

Sim! Se existe Deus, e há; então, por que meio posso eu andar com Ele, se tudo em mim não tem adequação para discerni-Lo?

Nada em mim comporta Deus!

Minha mente não agüenta Deus. Meu espírito enlouquece diante de Deus. Minha alma surta. Meu corpo desfalece...

Eu sou para Deus, mas Deus não é para mim...

Somente a fé “consegue” Deus...

Sim! Pois, na fé cabe o impensável e o impossível; e Deus é ambos: impensável e impossível.

E não somente isto...

A própria experiência do existir com a presunção do saber [Queda, Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal] me põe em um estado no qual Deus, sem a fé, é a pior de todas as loucuras...

Surge o “Deus” da religião...

O “Deus” sem Deus!

Por isto, sem fé Deus faz mal.

Deus, sem fé, vira crença religiosa; ou seja: vira deus; ou “Deus”, mas não Deus.

Sem a fé..., Deus vira o diabo...

Aliás, sem a fé, o “Deus” que existe é o diabo.

Por isto, entre outras coisas, sem fé é impossível agradar a Deus!

Deus é; mas sem fé não há Deus para nenhum homem...

Então a fé é Deus?... Pois, se sem fé não há Deus para o homem, não seria justo crer que a fé seja Deus?

Não, é claro; mas, sem fé, não tenho como me relacionar com Deus!

A fé é meio, é mídia, é mão que pega o infinito apenas porque crê que não pode...

É da natureza da fé não aceitar limites como lógicas. Por isto somente a fé pode dialogar com Deus; pois, de que outra forma conversaria eu com Ele?

Sem fé não há fé... Obvio? Ah! Quem dera!

O que posso mais dizer?

Talvez mais uma coisa apenas:...

A verdadeira fé tem prazer em sua própria simplicidade e confiança.

O galardão da fé é Deus!

Quer mais?...

Nele, que me ensinou e ensina a simplesmente crer em tal simplicidade,



Caio



quarta-feira, 30 de março de 2016

Documentário: JESUS - O companheiro de todos os momentos

quarta-feira, março 30, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments


Uma histórica produção, realizada em terras bíblicas, onde o Caio anuncia, através das falas, parábolas, relacionamentos descritos nos evangelhos, a Jesus,aquele que é amigo e que ama até as últimas consequências! 

Assista e compartilhe com aqueles a quem você ama!

Assista neste link: https://youtu.be/FuFDkwn5IXM


domingo, 27 de março de 2016

PÁSCOA: ELE É O MEU ÊXODO E A MINHA ALEGRIA!

domingo, março 27, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments

Na Páscoa verdadeira acontecem duas mortes: a do Cordeiro e daqueles por quem Ele morreu.

Na morte de Jesus eu não escapei da morte, eu morri com Ele, a fim de poder viver com Ele.

Se Jesus morreu, mas eu escapei de morrer com Ele, significa que Ele não morreu por mim...

Entretanto, Jesus morreu por mim independentemente de que eu tenha aceitado morrer com Ele, em Sua morte.

Assim a Graça principia...

Afinal, Cristo Jesus deu a vida por nós, sendo nós ainda alienados Dele por completo.

Todavia, uma vez que eu celebre a Páscoa como morte de Jesus, o Cordeiro, por mim, então, por tal consciência, segundo Paulo, eu devo também me considerar morto para o pecado e vivo para Deus.

É como tudo o mais que seja de Deus!...

Começa sempre unilateral, mas, depois que existe consciência e alguma fé, o que se diz aos discípulos é o seguinte: Você quer perdão..., mais perdão..., perdão sempre... — então, perdoe sempre, até 70 x 7 num único dia!

É por isto que somente os misericordiosos alcançam misericórdia sempre!
Entretanto, em Páscoas de Ovo... — não há lugar para a Cruz, e, muito menos, para se celebrar a nossa própria morte com Jesus.

Ninguém quer morrer...

Todo mundo quer viver, viver e viver.

Mas não há vida em Jesus sem que eu aceite que a morte de Jesus quer ser a minha morte...

Este é o ensino de Paulo o tempo todo, à exaustão.

O convite da Páscoa existencial do Novo Testamento é para que nós nos conformemos com Jesus na Sua morte, a fim de obtermos superior ressurreição.

E mais:

No ensino de Paulo o morrer com Jesus, o aceitar as implicações de Sua morte, trazia como conseqüência a consciência de nossa morte para o viver segundo o capricho, o egoísmo, o “si-mesmo”.

Entretanto, Paulo diz: “
Fazei morrer a vossa natureza terrena”... — e a descreve tal natureza como sendo aquilo que mata a alma e o espírito; a saber: maldade, luxuria, inveja, prostituição, amargura, ódio, gritarias e maldade no falar; entre tantas outras coisas.

Assim, a verdadeira Páscoa existencial, segundo o Evangelho, é todo dia; e é algo que 
a gente faz...

Existe a dimensão do “fazei” no Novo Testamento!

Está Tudo Feito para que, em mim, possa ser feito
; e em tal tarefa sou colaborador de Deus, abrindo o ser para que a operação do Espírito não encontre o pior adversário da Graça, que é a nossa própria indisposição de aceitarmos a cura como morte... em Jesus.

Sim! Nossa cura é morrermos; a fim de que possamos provar a outra vida, que não é no além ainda, mas aqui e agora; já.

Hoje, mais do que nunca antes, por imposição do amor de Deus em meu favor na história, sei o que é estar morto enquanto se está vivo.

Antes de tudo..., para mim era como para mim é hoje em termos de compreensão. Todavia, não em termos de real entendimento.

O entendimento é um discernimento engendrado em nós pelo Espírito, em razão do casamento da Palavra e da Experiência. Ora, é isto que nos leva a gloriamos-nos nas próprias tribulações, sabendo que a tribulação produz perseverança, experiência e esperança em plenitude.

Desse modo, tive que sentir na carne o significado de estar morto para o mundo, para todo o mundo e pra todo mundo, ao ponto de virar um fantasma, ao ponto de não ser conhecido nem pelos mais conhecidos, ao ponto de me perguntar: Mas como não vêem que eu sou ainda eu mesmo em Cristo?

Entretanto, dou muitas graças a Deus pela experiência da morte; e, creia, até me alegro quando, ainda hoje, sou tratado como morto — pois, aprendi como é grande a liberdade de um morto!

Na realidade me refiro de modo alegórico à minha experiência de morrer ante os sentidos do mundo [incluindo no mundo a “igreja”], pois, foi por ela, pela libertação do Super-Ego do Mundo sobre mim, que pude provar a alegria de outra vez servir a Deus como no principio de tudo: livre e alegremente.

Hoje sinto que já há grupos querendo diminuir a minha Páscoa em Jesus.

Sim! Já há pessoas querendo dizer que “expressões” devo usar ou não. Rsrsrs.

Tolos. Não vêem que estou morto para os caprichos de vocês!

Não queriam que eu voltasse a falar nunca mais!...

Agora querem me censurar em nome do pudor e das boas expressões da religião!...

É mais ou menos assim...

Antes gritavam:

Matemo-lo!

Como não mataram, então, dizem:

Vistamo-lo!

Ora, digo isto apenas para ilustrar o fato que, quando morremos com Jesus, quando nossa reputação, justiça-própria, glória, honra, e tudo quanto seja importante e elevado entre os homens, acaba para nós, então, aí é que começa a vida.

Com isto não recomendo a ninguém a experiência da busca de uma catástrofe. Apenas digo que é pelo querer, pelo fazer, pela decisão... que se pode, dia a dia, ir fazendo morrer a nossa natureza terrena; na mesma medida em que apenas nos gloriemos em Jesus, na Cruz, na Vida que é; e, assim, vivamos em novidade de vida; não segundo o mundo; não para chocar ninguém; mas apenas para dar o testemunho da nova consciência segundo a fé, que é pura para comer e beber com gratidão, e feliz para testemunhar somente pela alegria da libertação.

Todavia, saiba:

Uma das primeiras manifestações de que de fato morremos com Jesus, é o abdicar de toda importância humana que se contraponha à simplicidade do que seja a Verdade em Jesus.

E mais:

Os mortos já não têm mais divida alguma!

Quem serão os credores que entrarão na morte para cobrar ao morto? Sim! Se o morto morreu em Jesus, na Cruz?

Paulo diz: Aquele que morreu já não tem dívidas!

Assim, fique livre para andar livre; e isto só acontece quando se caminha exclusivamente segundo o Evangelho.

Desse modo, estou ressuscitado com Jesus. E, por causa Dele, a morte já não tem domínio sobre mim.

Todo dia é uma nova vida!

Nele, que é a nossa Páscoa,

Caio Fábio


quarta-feira, 23 de março de 2016

O povo pediu, mas Jesus disse: Não vai ter golpe! (leia antes de torcer o nariz)

quarta-feira, março 23, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments

Por Hermes C. Fernandes
Havia uma expectativa no ar. Todos comentavam entre si que finalmente chegara o dia em que o Messias tão esperado adentraria triunfantemente em Jerusalém; dirigindo-se ao palácio, deporia Herodes, o rei fajuto, marionete do império romano. Um tal galileu surgira na periferia, fazendo milagres, exorcizando demônios, alimentando multidões. Além de tudo, tinha pedigree. Só poderia ser Ele, o filho de Davi, que libertaria Seu povo do domínio romano, e assumiria o trono do qual era herdeiro.
A cidade estava em polvorosa. Munidos de ramos, todos dirigiram-se ao portão principal para dar boas vindas ao que vinha em nome do Senhor. HOSANA! Os tempos áureos voltaram! Viva o Filho de Davi!
De repente, desponta no horizonte um figura doce, serena, montada num jumentinho. Seus discípulos O precediam e engrossavam os brados de hosana.
Acostumados em assistir às paradas triunfais, em que reis e generais se apresentavam montados em extravagantes corcéis, a imagem d’Aquele galileu montado num jumento era, no mínimo, frustrante. Mesmo sem entender direito o que acontecia, os brados de hosana se intensificavam. Talvez aquilo fosse um recurso cênico, visando identificá-lO com as camadas mais pobres e oprimidas da sociedade. Ninguém podia supor que o jumentinho era emprestado.
Ao atravessar o portão da cidade, todos imaginavam que Ele Se dirigiria ao palácio, liderando o povo para um golpe de estado, mas em vez disso, Ele toma o lado oposto, e Se dirige ao Templo.
Possivelmente muitos pensaram que Ele faria uma breve escala no templo, a fim de legitimar Seu motim, buscando apoio da casta sacerdotal.
Inusitadamente, Sua feição é transformada. O galileu humilde montado num burrinho, agora improvisa um chicote, adentra os pátios do templo, e de lá expulsa os cambistas e mercadores.
Confusão geral! Os brados de hosana foram substituídos por burburinhos. Todos estavam enganados em suas expectativas. Ele não estava interessado em ser unanimidade. Não buscava apoio dos sacerdotes, nem dos dos principais partidos religiosos.
O reino que Ele representava não propunha mudanças que começassem pelo palácio, mas pelo templo. A Casa de Seu Pai estava sendo profanada, transformada num mercadão a céu aberto. Antes de instaurar a ordem do reino, aquela “ordem” teria que ser subvertida. Mesas de pernas pro ar! Gaiolas abertas! Cambistas expulsos!
O mesmo Cristo do jumentinho é o Cristo do chicote. Não confunda Sua humildade com passividade. Ele jamais fez vista grossa às injustiças dos homens.
Depois de limpar o terreno, cegos e coxos Lhes são trazidos, e Ele os cura ali mesmo. De repente, o silêncio é quebrado por brados de hosana, que desta vez vinham dos lábios de crianças.
Os sacerdotes, indignados, perguntam se Ele não se incomoda com aquilo. Jesus responde: Vocês jamais leram? Da boca das crianças é que sai o mais puro louvor.
Repare nisso: Os hosanas bradados à entrada de Jerusalém não mereceram qualquer comentário de Jesus. Entretanto, Ele sai em defesa das crianças que O louvavam com a mesma expressão. Por quê? Porque estes eram legítimos, desprovidos de interesses. Os hosanas de quem O recepcionou à porta da cidade foram interrompidos, tão logo Jesus feriu seus interesses. Os mesmos lábios que O enalteciam, dias depois clamavam por sua crucificação. Quão volúveis somos nós, humanos. Num dia aplaudimos, noutro vaiamos. Quem hoje é unanimidade, amanhã é execrado.
Aqueles O louvavam por imaginarem que Jesus planejava um golpe político, e que, em posse do trono, romperia relações com Roma, reduziria a carga tributária, e restabeleceria a monarquia de Davi. Mas Jesus tinha em mente outro tipo de revolução. Somente as crianças estavam prontas para isso. Naquele momento, Jesus Se tornou no super-herói da meninada.
Só Ele teve a coragem de desafiar o status quo. Só Ele ousou enfrentar os que detinham o monopólio religioso.
Enquanto as crianças O louvavam, os adultos, indignados, já pensavam em como detê-lO. Foi esta postura subversiva que Lhe custou a vida. Começava ali a contagem regressiva para que o Cristo subversivo fosse morto, não por defender uma ideologia, mas um ideal, o ideal do Reino de Deus.
Desde então, o grito de “hosana” deveria ter conotação subversiva, e não ser mais um jargão religioso. Que seja o hosana das crianças, dos representantes do futuro, aqueles para os quais é o reino dos céus, e não o hosana dos interesses inconfessáveis, do monopólio, da religiosidade insípida, do jogo político. É triste e revoltante ver tantos cristãos deixando seus cultos dominicais portando ramos nas mãos, sem com isso serem cúmplices de Deus na instauração do Seu reino.
Que a religião instituída desista de tentar domesticar Jesus. Que ninguém se atreva a reduzir Sua agenda às nossas expectativas e paixões ideológicas.
Aos líderes evangélicos que fazem coro com o que há de mais reacionário no atual cenário brasileiro, antes de saírem às ruas, promovendo seus 'atos proféticos' para amarrar o principado da corrupção, com seus comícios travestidos de cruzadas evangelísticas, preparem-se para receber uma visita relâmpago de Jesus em suas próprias igrejas. Assim como os cambistas transformaram o pátio do templo num mercadão a céu aberto, muitos estão transformando a igreja em curral eleitoral. O Cristo que derruba mesas, também derruba púlpitos. Então, antes de apontar seus dedos inquisidores para os de fora, tratem de parar de negociar os votos de suas ovelhas ou induzi-las com seu discurso de ódio a se posicionarem contra outros segmentos. Lembrem-se de que o juízo de Deus sempre começa pela Sua própria casa, e ele será sem misericórdia com os que não usaram de misericórdia com os seus semelhantes.



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Poema: Apenas, um filho teu!

sexta-feira, fevereiro 19, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 1 comments

Não! Não me peçam mais!
Não a tenho mais!
Não adianta insistir 
Pra eu mostrar a carteirinha de crente,
De santo, filho de Deus contribuinte...
Não! Não me peçam mais!
Não a tenho!
Já, há muito, rasguei a carteirinha
Com foto 3x4 em black and withe 
Onde o preto se esconde 
Sob um pseudo branco sem mácula.
Não! Não a tenho mais...
A carteirinha, passaporte dos bons,
Dos arrogantes “do pedaço”
Que, mediante a fé alheia,
Arvoram na carteirada:
“-Você sabe com que filho de Deus está falando?”
Não! Eu não tenho mais a carteirinha ungida
Por óleo barato que frita batata em esquina.
Rasgueia-a ,já, faz tempo!
Exterminei-a quando minha imagem, no espelho,
Refletiu a imagem em 3x4, quadrante hipócrita,
De um Judas que vive a barganhar seu Cristo.
Quando percebi que o nome da “instituição”, no topo,
Era a mesma que se denominava a “casa dos tesouros”,
Onde fariseus vendiam bodes pro sacrifício dos tolos.
Rasguei-a! Rasguei-a até o último pedaço
Não mais poder identificar-me como “irmão de fé”,
Que comunga de tão perto, de tão perto
Que sabe de cor e cor tudo a respeito
Do “pecado” do outro;
Afinal, a carteirinha que vocês me pedem,
Nada mais era que uma licença falsa 
Para auscultar coração alheio.
Não! Terminantemente, não me peçam mais!
Muito menos, me proponham segunda via.
Quero exercer minha fé “sem lenço, sem documento”.
Quero passear pelas ruas como homem livre,
De mãos dadas com um Deus
Que não me pede pra mostrar-me quem sou
Toda vez que dobro a errada esquina.
Quero-O lá, ao fim da rua, da equivocada escolha,
Ao fim do túnel, quando eu aparecer desfigurado
Por ter teimado andar errado,
E ouvir de Sua boca sem ter que lhe mostrar um 3x4:
“-Vem filho meu. Despeja sua alma cansada em meu colo. Vem. Assenta-te bem perto de mim e aprenda de mim. Aconchega-te, pois o meu amor para contigo não tem fim,e, é com ele que olharei teus descaminhos. Vem, pois, filho amado de meu Pai, pois o meu jugo é suave e meu fardo é leve.”
E, assim, poderei olhar seus olhos e responder sem mostrar qualquer documento:
“Senhor, Tu me sondas e me conheces (..) Pra onde fugirei de Tua face? (...) Tu És o Cristo, o Filho do Deus Vivo...(..) ...E nada me separará de ti: nem o mar, nem suas profundezas; nem as angústias ou desventuras; nem alegrias ou riquezas outras...” , pois, sabes quem sou, desde o ventre de mim mãe onde fui formado em suas entranhas, sabes quem sou... E eu a Ti: 
TU ÉS O CRISTO, O FILHO DO DEUS VIVO...(...)... SENHOR MEU E DEUS MEU!”

Sandra Silva/11


quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

“DESCONSTRUÇÃO”: um mito pós-moderno!

quinta-feira, fevereiro 04, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 1 comments

“Desconstrução” é uma palavra nova entre os humanos. Vem de algo que não é um “destruir”, mas um desmontar gradual, e que inclui o processo de entender o que se está desmantelando, sem cometer, assim, injustiças com o que era; ao mesmo tempo em que não se deixa dúvida de que aquele é um ato de insatisfação; e que ou propõe ou busca uma alternativa; a qual poderá até aproveitar o que de bom ainda houver na estrutura em processo de desmonte. 

“Desconstrução” é uma palavra politicamente correta. Sim, ela está cada vez mais na moda. A primeira vez que me dei conta dela foi em inglês, aí pelo meio da década de 80. Depois li alguns teólogos católicos que usavam e abusam da palavra. Na década de 90 ela entrou para o dicionário cult. Então, nesta primeira década do novo milênio, ela ganhou sua popularidade conceitual e elegante. Ficou cult dizer que se está desconstruindo algo. Parece que você está sendo revolucionário. Dá um ar de construtividade destrutiva inteligente. É legal. É cool! 

Desconstruir, porém, do ponto de vista do Evangelho, ainda é uma falsificação farisaica, apenas politicamente correta. Sim, porque Jesus não veio para desconstruir, mas para fazer o novo. 

A desconstrução já é feita pela própria realidade; e tudo o que não for desconstruído pela própria realidade não terá sido desconstruído, mas sim, destruído. 

Jesus não destruiu e nem desconstruiu a religião de Israel. Ele apenas fez o Seu próprio Caminho. Ele era a Realidade. Assim, não vemos em Jesus qualquer analise a fim de buscar um bom posicionamento. Não! Ele é o Posicionamento! Ele faz o que é Real. Por isto, ele não destrói e nem desconstrói. Ele apenas faz o Novo. E assim o que é destrutível ante o que é Real, cai na extinção do lago de fogo das ilusões; e assim o que é desconstruível, se desmonta por sua própria conta. E se Jesus não deixa ninguém para trás nem mesmo para sepultar um pai já morrido, deixará que fique alguém para trás a fim de exumar aquilo que já não é? 

Jesus não constrói também. Ele dá a semente. Ele planta. Ele a semeia no útero da terra. Ele a rega. Ele dá a ela luz. Ele faz mudar as estações a fim de que o ciclo da vida entre em curso. Ele a faz florescer. Ele a abre em frutos, na estação própria. Jesus é como o Pai. O Pai cria, mas não constrói. Os homens fazem. O Pai chama à existência pela Palavra de Seu poder. Deus nunca “construiu” nada; e como Jesus só fazia o que via em Seu Pai, também nada “construiu”; nem mesmo um livro deixou para nós. 

O livro, com bom senso, nós reunimos num volume. Jesus, porém, não construiu nada; pois havia criado tudo. Ele também não reforma nada. Ele trans-forma tudo. 

Sim, em Jesus não existe nenhum espírito de Reformação, mas apenas de transformação! 

Não desperdiça pano novo em veste velha, pois, estragam-se ambos. Não recomenda que se ponha vinho novo em odres velhos pela mesma razão. Também não crê que aquele que se viciou no vinho avinagrado e velho, e que já misturou seu gosto à pele do odre de couro, jamais considerará o vinho novo melhor. E quando olha para trás, Ele vê Adão, Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Davi, menciona Moisés, e João Batista, fazendo aos profetas apenas alusões de significado. Recomenda que se ande na fé que tiveram, mas não faz estudos sobre eles. Nem tampouco recomende que se siga o modelo deles. Não! Jesus diz que eles andaram pela fé e manda que na mesma confiança caminhemos. Mas não tenta reeditar nada. 

O Reino de Deus, que é a Sua mensagem, sendo sinônima de Evangelho, tem seu caminho para frente... Desconstrução, entretanto, é ainda uma palavra de quem de tão educado, deseja desmontar algo com as cautelas dos arqueólogos de múmias. Jesus, todavia, passa ao largo de tal escavação e pára diante de tumbas apenas para ressuscitar mortos; pois, Seu Caminho, é Vida; e não um movimento de construção e nem tampouco de desconstrução; mas sim de transformação e de criação; sempre! 

O resto, a desconstrução, fica para o trabalho de exumação destrutivamente criativo de quem tem tempo não apenas para, com os mortos, sepultar mais mortos; mas até para viver para entender os mortos, ao invés de buscar servir os vivos, que é o único caminho para discernir o homem; e, assim, participar do processo de transformação em si mesmo, bem como no servir de adubo da Graça na transformação e na criação de outros seres humanos; de gente nascida de novo; não de seres reconstruídos depois de devidamente desconstruídos. Como se tal fosse possível! 

Essa é uma tarefa para a religião, não para o povo do Reino! 

Pense nisso! 


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

ACÍDIA E CURIOSITAS

segunda-feira, janeiro 25, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments

ACÍDIA E CURIOSITAS? Que raio é isso?


Aqui abaixo repito com as minhas palavras o que o blog Historia Viva comenta sobre o tema.  Reflitam, oh néscios!

Há um desejo de ver que acaba pervertendo o sentido original da visão. A finalidade da visão é perceber a  realidade. Só que a tal "concupiscência dos olhos" ("curiositas") é o desejo vazio de ver por ver, sem interesse algum em perceber a realidade. É então uma perversão do desejo natural de conhecer. É o olhar do tolo.

Agostinho diz que a avidez dos gulosos não é de saciar-se, mas de comer e saborear. O mesmo se pode dizer da curiositas (concupiscência dos olhos), que gosta de ver sem o desejo de penetrar na verdade, mas só de se deixar levar pelo mundo, sem rumo, sem finalidade e, por fim, sem proveito.
Tomás de Aquino mostra que a curiositas é uma vagabundagem mental que leva à dissipação do espírito. Como assim? Vou explicar: a pessoa se torna vazia, nula, fútil, sem conteúdo.  Essa pobreza de espírito a leva, necessariamente,  ao colinho de outro mal: o sujeito cai na acídia.  Ô desgraça!

E o que é acídia? Ah, isso também muitos de nós sabemos. Acídia é aquela tristeza modorrenta do coração, aquele tédio interior. É quando, mesmo inconscientemente, o sujeito não se julga capaz de ser tudo aquilo para o qual ele foi criado. Ou melhor: acha que não tem como desfrutar de todas as suas possibilidades como ser humano. A pessoa se sente condenada à nulidade, incapaz de um feito importante. Essa modorra (essa palavra é boa!) tem cara fúnebre e cria um ciclo vicioso:  a vagabundagem dos olhos leva a um profundo tédio interior e à ânsia desesperada por diversão (justamente para fugir do vazio).  A diversão só socorre o sujeito por um pouco de tempo; aí ele cai na modorra de novo. Muitos acabam lançando mão do uso de drogas, para aliviar-se da secura interior.

A vagabundagem visual/mental é um repúdio às próprias possibilidades do ser. É se conformar com a mediocridade.

A acídia manifesta-se assim, diz  São Tomás de Aquino: 

1) Primeiro vem a "dissipação do espírito" (dispersão, diluição. O mundo não está cheio de gentinha rala, sem conteúdo, que só fala abobrinha? Pois é.) 

2) A 'dissipação do espírito' manifesta-se, por sua vez, na tagarelice, na vontade indomável de distrair-se ("sair da torre do espírito e derramar-se no variado"), numa irrequietação interior, na insatisfação insaciável da curiositas.

3) Desespero:  assim como o apetite pode degenerar em gula, o desejo de conhecimento também pode degenerar em "curiositas". A perversão do desejo de conhecer pode significar que o homem perdeu a capacidade de "habitar em si próprio". Cruel.   Aí a vida da pessoa se resume em procurar, com disfarçada angústia, mil caminhos para alcançar um bem-estar que só a  serenidade de um coração senhor de si pode alcançar.  

Uma vida inteiramente vivida é o que todo mundo quer. Mas a pessoa que se abandona à curiositas não tem realmente vida, apenas é levado pelo vento. Então seu destino é ir mendigando pela existência para ver se consegue ter a sensação de que goza uma vida intensa, quando na verdade nem sabe o que é isso.

Não é assim mesmo que acontece? E não é sábio entender que evitar a "concupiscência dos  olhos" não é um favor que se faz à religião, mas a si mesmo?

As crianças evitam o mal por obediência ou medo; 
O ser adulto o evita por entender o que ele realmente significa; Os tolos simplesmente não o evitam.

Por Cristina Faraon
Estação do Caminho da Graça em Belém


sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

DEZ PRINCÍPIOS PARA SER BEM-SUCEDIDO

sexta-feira, janeiro 01, 2016 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments

01 - Creia que sua vida cumpre um propósito divino na terra. Você é influenciado pelos genes que herdou de seus pais e é bastante "circunstancializado" pelo meio no qual vive. Entretanto, mais forte que as determinações genéticas e os condicionamentos do meio social, é o seu chamado para ser. Você foi criado como um sacerdote neste universo de Deus. Por isso, você existe e sabe que existe. Encha sua consciência com esse significado. Quando você assumir sua vocação para ser, as outras pessoas vão "encontrar" você.

02 - Creia que seu dia ganha força e energia espiritual quando você ora. Portanto, ore sempre. Mesmo nos seus afazeres. Sempre que uma notícia ou informação lhe chegar, entregue-a a Deus. Ofereça a Deus os potenciais e as possibilidades que cada fato, percepção ou impressão lhe trazem ao coração. Além disso, pare um pouco todos os dias, ainda que seja só um pouco, e ore. Dê graças por tudo e abrace o Senhor no seu coração. Quando orar, peça coisas específicas, mas não se esqueça de sempre terminar de modo submisso e geral, dizendo: "Seja feita a tua vontade, assim na Terra como nos céu". Afinal, você não sabe se o que quer é o melhor. Mas o Senhor sabe!

03 - Creia que a maior inteligência que Deus lhe deu não é a intelectual nem a emocional, mas sim a inteligência. "O coração tem razões que a própria razão desconhece". Usar a cabeça (inteligência intelectual) e saber se relacionar com o próximo e as circunstâncias (inteligência emocional) é fundamental. Mas não é essencial. O essencial habita os mistérios do espírito, no mundo do coração. Portanto, dê atenção aos seus sonhos noturnos e aos seus sentimentos perceptivos. Quando você tiver uma "impressão", não a despreze de cara. Medite. Ore. Discirna. A resposta pode estar no passado. Mas, às vezes, trata-se de uma intuição profética. Pode ser um alerta sobre o futuro. Nesse caso, ore, corrija a rota e prossiga.

04 - Creia que quando alguém ama a Deus e ao próximo e respeita a vida, então tudo ganha sincronicidade e conectividade. Isso é apenas um outra forma de dizer que "todas as coisas cooperam para o bem dos que amam a Deus". O amor a Deus traz sentido para a sua vida. O amor de Deus transforma o cenário mais absurdo numa conspiração do bem.

05 - Creia que a leitura bíblica feita com os olhos do coração ilumina a alma e os caminhos da Terra. Ler a Bíblia é importante. Mas lê-la com os olhos da alma é essencial. Quem lê com o intelecto enxerga textos e os compreende. Quem lê com o coração discerne "caminhos sobremodo excelentes". Faça da leitura bíblica não apenas um meio de fortalecimento espiritual. Leia-a como caminho de descoberta e de insights para a sua visão do mundo, de si mesmo e de Deus.

06 - Creia que uma atitude mental positiva tanto é resultado de uma espiritualidade sadia como também pavimenta o caminho de todo ser humano bem-sucedido. Eu costumo dizer que mesmo ateus-positivos se dão melhor na vida que ateus-negativos. O mesmo princípio se aplica a cristãos.

07 - Creia que generosidade e dadivosidade são forças espirituais poderosas que atraem para quem as pratica as melhores oportunidades e possibilidades da vida. Por isso é tão importante dar dízimos e ofertas. Escolha causas, projetos e pessoas nos quais você acredita e dê no mínimo dez por cento dos seus ganhos para essas iniciativas. De fato, fazendo assim, você está abrindo portas invisíveis para você mesmo. E lembre-se: faça isso com entusiasmo e alegria.

08 - Creia que o que diferencia o fazer do não-fazer é apenas uma decisão seguida de gesto simples. Assim sendo, nunca adie o início de qualquer coisa na qual você acredita se a oportunidade se apresentar e seu coração responder com paz e fé. O gesto necessário, tanto para se levantar de cama quanto para levantar a cama, é um só: colocar-se de pé. Daí Jesus ter dito: "Levanta-te, toma teu leito e anda".

09 - Creia que a melhor composição de imagem exterior e de virtude interior para um cristão é aquela que combina a "simplicidade dos pombos" (imagem exterior) com a "prudência das serpentes" (virtude interior). Sendo assim, seja astuto por dentro e simples por fora. Sempre dá certo e protege a vida.

10 - Creia que a maior bênção de possuir uma consciência é poder usá-la para auto-examinar-se todos os dias. Quem se auto-examina resiste melhor às criticas, pois se utiliza delas para diminuir seus próprios equívocos, e se mostra imune a eles quando a consciência o convence de estar fazendo aquilo que é certo. Auto-exame é o que faz a diferença entre aqueles que vivem para preservar sua imagem e a reputação daqueles que vivem para o que é verdadeiro e real.


Caio Fábio