Estou certo que 2014 foi um ano de frustrações para muitos. Teve a casa própria, que não saiu do papel, a viagem, que foi cancelada, a promoção, que ficou na gaveta do chefe, o casamento, que mais uma vez foi adiado. Tantas questões nos fazem pensar que o ano foi mesmo uma merda. Bom foi o ano do fulano, da minha prima, do meu amigo, do meu cunhado, do meu irmão. O ano do outro é sempre melhor que o nosso. E como se sabe, esse foi um ano difícil, um ano fracassado.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2014
MENSAGEM AOS "FRACASSADOS"
quarta-feira, dezembro 31, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
O ano está terminando, em seus últimos suspiros e eu
pensei em deixar uma mensagem para você. Sim, para você que, talvez, não tenha
tido um ano extraordinário, cheio de conquistas, alegrias e realizações.
Esta mensagem é para você que ficou desempregado, que
mesmo tendo batalhado atrás de uma oportunidade, não conseguiu coisa alguma.
Currículos enviados, entrevistas realizadas, mas, até agora, nada. Não tem
coisa pior do que terminar o ano sem uma vaga no mercado, mas esse foi o seu
ano, um ano fracassado.
Pensei também em dizer algo para você, que está
solitário. Sim, muitos amigos e amigas seus acharam, enfim, alguém para
partilhar a vida. Mas você, como já vem acontecendo, está sem ninguém. E é
preciso dar aquelas velhas desculpas, disfarçar em festividades, se arrumar sem
ter quem lhe elogie, rolar na cama de noite, sentindo apenas o volume do
edredom. Solidão é coisa doída, mas, enfim, esse foi o seu ano, um ano
fracassado.
Resolvi ainda escrever para aqueles que falharam na
tentativa de vencer velhos hábitos, que sucumbiram diante de metas não
alcançadas, de planos que se mostraram impossíveis. Sei que há muitos que se
sentem vencidos pela falta de disciplina, pela falta de foco ou de vontade. É
que a rotina come a gente por dentro e até aquilo que antes nos dava prazer,
hoje é um suplício. Mas, sem dúvida alguma, esse foi mesmo o seu ano, um ano
fracassado.
Lembrei, também, de tratar das questões dos enfermos.
Muitas pessoas descobriram algo errado em seu corpo, foram vitimados por uma
notícia apavorante, depararam-se com a finitude da matéria e os dias, agora,
são estações de agonia. Você, quem sabe, perdeu o apetite, a alegria e a
coragem. E é fato que a luta parece mesmo inglória, pois há doenças que podem
ser tratadas com terapias ou medicamentos, mas, no seu caso, o mal veio para
ficar, será companheiro do resto dos dias. É triste, mas é real, e esse foi o
seu ano, um ano fracassado.
Estou certo que 2014 foi um ano de frustrações para muitos. Teve a casa própria, que não saiu do papel, a viagem, que foi cancelada, a promoção, que ficou na gaveta do chefe, o casamento, que mais uma vez foi adiado. Tantas questões nos fazem pensar que o ano foi mesmo uma merda. Bom foi o ano do fulano, da minha prima, do meu amigo, do meu cunhado, do meu irmão. O ano do outro é sempre melhor que o nosso. E como se sabe, esse foi um ano difícil, um ano fracassado.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2014
Natal: festa da humanidade de Deus e da comensalidade humana
quarta-feira, dezembro 24, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Leonardo
Boff
O Natal é repleto de significados. Um deles foi sequestrado pela cultura do consumo que, ao invés do Menino Jesus, prefere a figura do bom velhinho, o Papai Noel, porque é mais apelativo para os negócios. O Menino Jesus, ao invés, fala da criança interior que carregamos sempre dentro de nós, que sente necessidade de ser cuidada e quando, já crescida, tem o impulso de cuidar. É aquele pedaço do paraíso que não foi totalmente perdido, feito de inocência, de espontaneidadea, de encantamento, de jogo e de convivência com os outros sem qualquer discriminação..
Para os
cristãos é a celebração da “proximidade e da humanidade” de nosso Deus, como se
diz na epístola a Tito (3,4). Deus deixou-se apaixonar pelo ser humano que quis
ser um deles. Como diz belamente Fernando Pessoa em seu poema sobre o Natal:
“Ele é a eterna Criança, o Deus que faltava; ele é o divino que sorri e que
brinca; a criança tão humana que é divina”.
Agora
temos um Deus criança e não um Deus, juiz severo de nossos atos e da história
humana. Que alegria interior sentimos quando pensamos que seremos julgado por
um Deus criança. Mais que nos condenar, quer conviver e se entreter conosco
eternamente.
O seu
nascimento provocou uma comoção cósmica. Um texto da liturgia cristã diz de
forma simbólica:”Então as folhas que farfalhavam, pararam como mortas; então o
vento que sussurava, ficou parado no ar; então o galo que cantava, parou no
meio de seu canto; então as águas do riacho que corriam, se estancaram; então,
as ovelhas que pastavam, ficaram imóveis; então o pastor que erguia o cajado,
ficou como que petrificado; então nesse momento, tudo parou, tudo silenciou,
tudo suspendeu o seu curso: nasceu Jesus, o Salvador das gentes e do universo”.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2014
Subvertendo as formas pré-estabelecidas
quarta-feira, dezembro 17, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Além de não
conformar-se, isto é, ajustar-se aos padrões vigentes, o Evangelho do Reino
provoca transformações profundas, tanto no indivíduo, quanto na sociedade.
No
indivíduo, esta transformação começa pela renovação do seu entendimento,
conforme lemos em Romanos 12:2. Portanto, parte do subjetivo. Sua cosmovisão é
radicalmente afetada. A maneira como se vê, e como enxerga a realidade à sua
volta muda drasticamente.
Ele passa a
perceber-se como um pecador carente da misericórdia divina. Há uma expansão da
sua consciência (Metanóia no grego , ou arrependimento em
português). Sua avaliação de si mesmo e do mundo passa a estar em linha com a
avaliação feita por Deus. Suas opiniões particulares se rendem à verdade
revelada na Palavra.
A
introspecção inicial dá lugar a uma nova cosmovisão. Embora parta do subjetivo,
não pára aí. Ao sentir-se transformado por Deus, o indivíduo é comissionado e
desafiado a trabalhar pela transformação do mundo. Daí o caráter objetivo e
abrangente da transformação proposta pelo Evangelho.
A injustiça
imperante na sociedade começa a causar-lhe náuseas, porque seu coração agora
bate no compasso do coração de Deus. E ele não se contenta a ser um mero
espectador da história, mas almeja ser um agente subversivo do Reino de Deus.
quinta-feira, 11 de dezembro de 2014
Pra Sempre, Sempre Acaba
quinta-feira, dezembro 11, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Carlos
Moreira
"Ele fez tudo apropriado há seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez”. Ec. 3:11
"Ele fez tudo apropriado há seu tempo. Também pôs no coração do homem o anseio pela eternidade; mesmo assim este não consegue compreender inteiramente o que Deus fez”. Ec. 3:11
Depois de
certa idade você começa a entender que tudo na vida é passageiro, fugaz,
demasiadamente breve. Hoje, existe; amanhã, quem sabe? Esta é uma das grandes
chatices da vida, nada é pra sempre; pra sempre, como poetizou Renato Russo,
sempre acaba...
Eu já vivi a
ilusão de que algumas coisas na existência eram pra sempre. Ah, como isso me
fazia bem... Mas não era real... Hoje penso que, às vezes, é melhor acreditar
numa boa ilusão do que ter de encarar uma dura realidade. Pena que meu
pragmatismo não me permita viver com tal regalia.
Houve um dia
em que eu pensei que seria jovem para sempre, mesmo que meu corpo viesse a
sofrer os desgastes próprios do tempo. Hoje, na meia idade, percebi que o
envelhecimento não tem nada a ver com a degeneração do físico, mas com a perda
da inocência, da irreverência, da anarquia, da capacidade de sonhar sonhos
impossíveis.
Houve um
tempo em que eu pensei que os amigos seriam amigos para sempre. Ao depois,
entretanto, percebi que as amizades acabam por tornarem-se circunstanciais,
algumas, inclusive, são meramente calcadas em interesses, outras, desfazem-se
quando mudamos de endereço, de telefone, de empresa, de igreja... Constatei que
minhas amizades, quais pedras de barro, foram se esfarelando até tornarem-se apenas
poeira que cobre os meus pés exaustos de tanto chão.
sexta-feira, 14 de novembro de 2014
A Bíblia é livro para criança!
sexta-feira, novembro 14, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Ariovaldo
Ramos
"Porei
inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente.
Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar... Porque um menino nos
nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome
será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da
Paz... E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas
e deitada em manjedoura... E disse (Jesus): Em verdade vos digo que, se não vos
converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no
reino dos céus." Gn 3.15; Is 9.6; Lc 2.12; Mt 18.3
Criança! Está no centro da Bíblia!
No jardim, a Trindade nos prometeu a Criança!
O antigo testamento conta com o Deus formou e conduziu um povo para que a Criança, nascendo de mulher, pelo poder do Altíssimo, fosse trazida para a história, a fim de abençoar a humanidade.
O novo testamento conta como a Trindade formou e conduz o povo que leva a Criança, a toda a humanidade, para abençoar a nossa história, para que a nossa história termine em salvação.
E a Criança, que cresceu em graça e sabedoria, diante de Deus e dos homens, portanto, sem perder a "criancitude", disse que quem quiser viver sob o reinado dos céus tem de se tornar criança.
quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Pensamento atribuído a Buda muito interessante.
quarta-feira, novembro 12, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments"Não acredite em algo simplesmente porque ouviu. Não acredite em algo simplesmente porque todos falam a respeito. Não acredite em algo simplesmente porque esta escrito em seus livros religiosos. Não acredite em algo só porque seus professores e mestres dizem que é verdade. Não acredite em tradições só porque foram passadas de geração em geração. Mas depois de muita análise e observação, se você vê que algo concorda com a razão, e que conduz ao bem e beneficio de todos, aceite-o e viva-o."
sexta-feira, 31 de outubro de 2014
A REFORMA É UMA RE-FORMA; OU SEJA: UM RE-FAZER DA FORMA.
sexta-feira, outubro 31, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Pergunto: Que forma?
Forma é o que não temos no Evangelho. O Evangelho é Água e é como a água: tem conteúdo, o qual é vida para a vida, mas não tem forma: a forma é a da vida!
Talvez se o nome tivesse sido Movimento Protestante a designação não carregasse mal em si mesma.
Protesto poderia e deveria ser e haver, pois, o Evangelho também é permanente protesto feito pela Proposta de seu conteúdo existencial e prático, que é amor.
A Reforma Protestante, todavia, mesmo que tivesse também motivações espirituais para muitos, foi, no entanto, um movimento político que cooptou o tema religioso a fim de atingir ser objetivos de independência de Roma.
Forma é o que não temos no Evangelho. O Evangelho é Água e é como a água: tem conteúdo, o qual é vida para a vida, mas não tem forma: a forma é a da vida!
Talvez se o nome tivesse sido Movimento Protestante a designação não carregasse mal em si mesma.
Protesto poderia e deveria ser e haver, pois, o Evangelho também é permanente protesto feito pela Proposta de seu conteúdo existencial e prático, que é amor.
A Reforma Protestante, todavia, mesmo que tivesse também motivações espirituais para muitos, foi, no entanto, um movimento político que cooptou o tema religioso a fim de atingir ser objetivos de independência de Roma.
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
Trecho de um sermão de Lutero
quinta-feira, outubro 30, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
"Ah!
Se Deus permitisse que minha interpretação e a de todos os outros mestres
desaparecessem, e que cada cristão pudesse chegar diretamente à Escritura
apenas, e à pura Palavra de Deus! Percebe-se já por esta tagarelice minha, a
incomensurável diferença entre a palavra de Deus e todas a palavras humanas e
como homem algum pode, com todas as suas palavras, adequadamente alcançar e
explicar uma única palavra de Deus. Trata-se de uma palavra eterna e deve ser
compreendida e meditada com uma mente silenciosa. Ninguém é capaz de
compreendê-la a não ser a mente que a contempla em silêncio. Para qualquer um
capaz de fazê-lo sem comentário ou interpretação, meus comentários e os de
todos os outros não seriam apenas inúteis, mas um estorvo. Vão para a própria
Bíblia, caros cristãos, e não permitam que as minhas exposições e as de outros
estudiosos sejam mais do que uma ferramenta que capacite a edificar de forma
eficaz, de modo que sejamos capazes de compreender, experimentar e habitar a
simples e pura Palavra de Deus, pois apenas Deus habita em Sião".
Sermão de Natal de 1522 de Martinho Lutero
segunda-feira, 27 de outubro de 2014
CUIDADO COM A MAGIA NEGRA DA INGRATIDÃO!
segunda-feira, outubro 27, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 commentsSe sou tão ignorante como sei que sou, então, minha gratidão consciente diante de Deus sempre representa uma fração mínima do que seja o cuidado de Deus para comigo.
Na realidade todas as vezes que agradeço livramentos de Deus para comigo, na mesma gratidão consciente incluo todos os milhares de livramentos reais que nunca percebi.
Para cada livramento que vejo há milhares de livramentos que não vejo e que provavelmente apenas conhecerei na eternidade.
Muitas vezes me sinto como um retardado que agradece ao Pai por cuidados pequenos e interessantes a mim, enquanto tudo o mais é cuidado do Pai, embora eu somente veja os presentinhos ou os livramentos das barras pesadas.
Entretanto, o homem deve ser grato pelo menos pelo que veja...
terça-feira, 14 de outubro de 2014
"Cântico das Criaturas", de S. Francisco de Assis
terça-feira, outubro 14, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Altíssimo,
Omnipotente, Bom Senhor
Teus são o Louvor, a Glória,
a Honra e toda a Bênção.
Teus são o Louvor, a Glória,
a Honra e toda a Bênção.
Louvado
sejas, meu Senhor,
com todas as Tuas criaturas,
especialmente o senhor irmão Sol,
que clareia o dia e que,
com a sua luz, nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor;
de Ti, Altíssimo, é a imagem.
com todas as Tuas criaturas,
especialmente o senhor irmão Sol,
que clareia o dia e que,
com a sua luz, nos ilumina.
Ele é belo e radiante,
com grande esplendor;
de Ti, Altíssimo, é a imagem.
Louvado
sejas, meu Senhor,
pela irmã Lua e pelas estrelas,
que no céu formaste, claras.
preciosas e belas.
pela irmã Lua e pelas estrelas,
que no céu formaste, claras.
preciosas e belas.
Louvado
sejas, meu Senhor.
pelo irmão vento,
pelo ar e pelas nuvens,
pelo sereno
e por todo o tempo
em que dás sustento
às Tuas criaturas.
pelo irmão vento,
pelo ar e pelas nuvens,
pelo sereno
e por todo o tempo
em que dás sustento
às Tuas criaturas.
Louvado
sejas, meu Senhor,
pela irmã água, útil e humilde,
preciosa e casta.
pela irmã água, útil e humilde,
preciosa e casta.
Louvado
sejas, meu Senhor,
pelo irmão fogo,
com o qual iluminas a noite.
Ele é belo e alegre,
vigoroso e forte.
pelo irmão fogo,
com o qual iluminas a noite.
Ele é belo e alegre,
vigoroso e forte.
Louvado
sejas, meu Senhor,
pela nossa irmã, a mãe terra,
que nos sustenta e governa,
produz frutos diversos,
flores e ervas.
pela nossa irmã, a mãe terra,
que nos sustenta e governa,
produz frutos diversos,
flores e ervas.
Louvado
sejas, meu Senhor,
pelos que perdoam pelo Teu amor
e suportam as enfermidades
e tribulações.
pelos que perdoam pelo Teu amor
e suportam as enfermidades
e tribulações.
Louvado sejas,
meu Senhor,
pela nossa irmã, a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
pela nossa irmã, a morte corporal,
da qual homem algum pode escapar.
Louvai todos
e bendizei o meu Senhor!
Dai-Lhe graças e servi-O
com grande humildade!
Dai-Lhe graças e servi-O
com grande humildade!
quinta-feira, 9 de outubro de 2014
HÁ UMA PADARIA DE JUSTIÇA NA NOSSA ALMA. FARTURA!
quinta-feira, outubro 09, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
"Jesus foi por toda a
Galileia, ensinando nas sinagogas deles, pregando as boas-novas do Reino e
curando todas as enfermidades e doenças entre o povo. Notícias sobre ele se
espalharam por toda a Síria, e o povo lhe trouxe todos os que sofriam de vários
males e tormentos: endemoninhados, loucos e paralíticos; e ele os curou.
Grandes multidões o seguiam, vindas da
Galileia, Decápolis, Jerusalém, Judeia e da região do outro lado do Jordão.
Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos aproximaram-se dele, e ele começou a ensiná-los, dizendo: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês".
É fascinante o tipo de Rei que Jesus é.
Ele não fica em Palácios. É parte do povo nas ruas. Ali ele institui seu reinado.
Seria como ver um presidente transitando por hospitais, escolas, mercados públicos e igrejas. Não pra fazer campanha e serem aclamados, e nem como um evento pontual. Jesus trabalhava todo dia no meio do povo.
E ele era o Rei...
Susto!
Ele não era meramente o Rei de uma pequena nação do oriente médio.
Vendo as multidões, Jesus subiu ao monte e se assentou. Seus discípulos aproximaram-se dele, e ele começou a ensiná-los, dizendo: “Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus. Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados. Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança. Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos. Bem-aventurados os misericordiosos, pois obterão misericórdia. Bem-aventurados os puros de coração, pois verão a Deus. Bem-aventurados os pacificadores, pois serão chamados filhos de Deus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus. “Bem-aventurados serão vocês quando, por minha causa, os insultarem, os perseguirem e levantarem todo tipo de calúnia contra vocês. Alegrem-se e regozijem-se, porque grande é a sua recompensa nos céus, pois da mesma forma perseguiram os profetas que viveram antes de vocês".
É fascinante o tipo de Rei que Jesus é.
Ele não fica em Palácios. É parte do povo nas ruas. Ali ele institui seu reinado.
Seria como ver um presidente transitando por hospitais, escolas, mercados públicos e igrejas. Não pra fazer campanha e serem aclamados, e nem como um evento pontual. Jesus trabalhava todo dia no meio do povo.
E ele era o Rei...
Susto!
Ele não era meramente o Rei de uma pequena nação do oriente médio.
domingo, 28 de setembro de 2014
A verdadeira história de Cosme e Damião
domingo, setembro 28, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Por Hermes C.
Fernandes
Filhos de uma nobre família de cristãos,
os gêmeos árabes Cosme e Damião nasceram por volta do ano 260 d.C. Desde muito
jovens manifestaram um enorme talento para a medicina, profissão a qual se
dedicaram após estudarem e diplomarem-se na Síria.
Amavam a Cristo com todo o fervor de
suas almas, e decidiram dedicar suas vidas ao serviço do amor. Por isso, não
cobravam pelas consultas e atendimentos que prestavam, o que lhes rendeu o
apelido de "anárgiros", ou seja, “aqueles que são inimigos do
dinheiro" ou "que não são comprados por dinheiro". A riqueza que
almejavam era fazer de sua arte médica também o seu ministério para o bem de
todos. Inspirados no amor de Cristo, usavam a fé aliada aos conhecimentos
científicos para atenuar a dor dos enfermos e inválidos. Ao invocarem o nome de
Jesus, muitos eram curados, alguns à beira da morte. Até animais eram sarados,
pois entendiam que “toda a criação aguarda, com ardente expectativa, pela
manifestação da glória de Deus em Seus filhos” (Rm. 8:18:19).
Seu testemunho de amor produziu inúmeras
conversões ao evangelho da graça, chamando a atenção das autoridades. Durante a
perseguição promovida pelo Imperador romano Diocleciano, por volta do ano 300,
Cosme e Damião foram presos, levados a tribunal e acusados de se entregarem à
prática de feitiçarias e de usar meios diabólicos para disfarçar as curas que
realizavam. Ao serem questionados quanto as suas atividades, eles responderam:
"Nós curamos as doenças em nome de Jesus Cristo, pela força do Seu
poder".
quinta-feira, 25 de setembro de 2014
O BEM SUCEDIDO E O BEM AVENTURADO
quinta-feira, setembro 25, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 commentsTudo ao nosso redor coloca como objetivo da vida ser bem sucedido, e me chama a atenção que, na minha tradição pelo menos tem um outro convite: Ser Bem Aventurado. É engraçado como essa palavra tem pouco sentido e é traduzida automaticamente para "feliz" ou "abençoado", sem se perceber o que ela quer dizer. Bem aventurado quer dizer literalmente "estar em uma boa aventura". No hebraico, ou no aramaico, onde ela foi dita originalmente no meu contexto, ela é originada do termo Ashar, que quer dizer simplesmente "EM FRENTE", "SIGA RETO". Assim o significado da palavra poderia ser entendido assim "siga em frente com a alegria de quem sabe que está metido em uma grande e boa aventura". Ser bem aventurado aponta obrigatoriamente para a frente, para a surpresa, para o que estar por vir. Sucedido, vem do latim succedere, e quer dizer literalmente "o que veio depois". Note que são dois sentidos opostos: Um olha para trás, o outro para o caminho adiante, um é esperado, o outro é esperança, um é objetivo, o outro é estrada. No mundo onde a gente está, todo mundo quer ser bem sucedido, mas eu fico com meu mestre, que me chamou a ser Bem aventurado. Por que mais que o resultado baseado na monotonia planejada do que fiz, penso que coaduna mais com a eternidade que espero, a aventura de viver, de ousar, de descobrir e de seguir em frente, na certeza de estar metido em uma grande aventura com futuro, que deixar de vivê-la em troca do objetivo que já me está determinado e garantido no passado.
Claudio Oliver
segunda-feira, 15 de setembro de 2014
À "MOCINHA" - IN MEMORIAN
segunda-feira, setembro 15, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 commentsOlhe bem para esse "banner" sobre a urgência da oração. Você percebeu que, ao fundo, há ALGUÉM de verdade, sombra tombada?
Raramente usamos
fotos que não sejam nossas e, por isso, conhecemos as crianças que "ilustram" nossos folders. Essa, entretanto, vive em mim como
um "nó na garganta". Ela transformou a visita de reconhecimento, em
2010, num amplo projeto de resgate infantil além-mar. Vou contar.
Janeiro ia acabando. Logo cedo, paramos o carro
próximo a um campo de mato alto, casas ao redor, uma grande praça abandonada.
Por uma trilha, fomos ao encontro da Cecilia, adolescente que havia fugido de
um orfanato alegando maus tratos. Escondida num casebre do tamanho de uma
guarita, ela nos dizia: "Por trás do mato, homens viram vocês chegarem...
Ficam esperando cair a noite, trazem comida e tocam em mim. Me tirem daqui, por
favor". Mas não tínhamos nada lá. Recém-chegados, mesmo nós, erámos
peregrinos, sem pouso! Aflito que uma missão de "mapeamento" seja
chamada para uma ação de enfrentamento, prometi, no ouvido dela, que
voltaríamos do Brasil com recursos para construir uma casa de acolhimento, e
recebê-la. Pedi que ela esperasse, e ela se desesperou: "Não vai dar
tempo"...
Cecilia tinha razão. Não deu. Quando voltamos para
alugar a Base, ela estava morta. Grávida, o bebê tinha morrido em seu ventre, e
sem conseguir expulsar o cadáver, não resistiu à infecção generalizada. Mas
Cecilia não é a moça da foto.
Essa, da FOTO, jogada no mato... não tinha nome,
nem qualquer roupa senão uma surrada camiseta azul-escuro a lhe cobrir do
umbigo para cima. Nudez de puberdade. Era uma adolescente entre 13 a 15 aninhos. Nós
"tropeçamos" nela quando voltávamos distraídos para o carro. Eu me
abaixei. Ela estava sedada, era mantida drogada, balbuciava coisas desconexas.
Sabia que a gente estava ali, mas não conseguia interagir. Olhava para o nada e
as moscas a circulavam.
Corri os olhos pelo seu corpinho todo sujo, e entre
as coxas, estava toda melecada. "Oh, Deus!" Parei de respirar. Senti
dor. Fiquei furioso. Os vampiros que a Cecilia dizia estar nos observando, se
deitavam sobre essa outra jovenzinha nas madrugadas, um após o outro, sugando a
frágil vidinha dela.
Pensei mil coisas: "Como vamos carregar uma
jovem nua sendo nós, brancos estrangeiros anônimos? Como cruzar barricadas
policiais sem ter uma única mulher na Missão que pudesse levá-la colada em seu
corpo? E levá-la para onde??? E a polícia? Ora, eles eram os vampiros!
MAS CHEGA DE PONDERAÇÕES! VAMOS LEVÁ-LA DAQUI!
Então, eles apareceram! Empunhando uns facões que rasgavam a terra, três caras
gritaram à distância que a puséssemos no chão! Começou o "barraco":
"Por que?"
"Por que?"
- "Porque vocês são homens brancos querendo
abusar dela".
Cacete, fiquei puto: "O que? Are you kidding...??? Vocês vão matá-la se a deixarmos!" E eles apelaram: "Tentem, então!".
Cacete, fiquei puto: "O que? Are you kidding...??? Vocês vão matá-la se a deixarmos!" E eles apelaram: "Tentem, então!".
O carro estava por trás deles, e nosso motorista
preto ficou amarelo, estático, gaguejante... Ele sabia como os caras podiam ser
violentos. Olhei para meus companheiros e não havia medo em ninguém, mas eles
diziam que eu pensasse bem, porque podia ser nosso último dia por lá!
Jojó, surfista baiano, foi muito fiel: "O que
vocês decidirem eu tô junto, mas não tem como passarmos por eles com essas
peixeiras nas mãos. Não dá!".
Eu não queria acreditar que isso ia acabar assim!
Chorei rangendo os dentes:"Deus, faz alguma coisa!"
SURGIU, ENTÃO, UMA ESPERANÇA. Ouvindo a discussão,
mulheres apareciam nas janelas das casas. Gritei para aquela plateia que os
convencesse a nos deixar passar: "Ela vai morrer!!! Help us!"
Mas uma das janelas se fechou, e depois outra, e
outra, e todas. Deus não fez nada. Nem nós. Beijei a testa dela como quem a
entrega à sepultura. E minhas pernas tremiam de ódio enquanto voltávamos para o
carro. Passamos por eles, ombro a ombro. Entramos calados e o veículo circulou
a praça, o que acabou nos dando uma última visão dela, por trás, quando o
fotográfo conosco fez esse registro. Vê-la de novo me pôs em surto. Bati minha
cabeça por várias vezes contra a janela do carro, com força e choro:
"Escutem todos vocês: Nós não estamos indo embora! Acabamos de chegar! A gente não vai embora daqui nunca mais! Vamos montar uma Base! Vamos trazer nossas mulheres! Abrir uma organização internacional! Certificar sua atuação nesse país, ganhar respeito e força, amar essa gente por quem Jesus também morreu! Vamos trazer o inferno pra esse inferno aqui!"
E assim nasceu o Caminho Nações - Way to the Nations, o braço social do Movimento Caminho da Graça.
"Escutem todos vocês: Nós não estamos indo embora! Acabamos de chegar! A gente não vai embora daqui nunca mais! Vamos montar uma Base! Vamos trazer nossas mulheres! Abrir uma organização internacional! Certificar sua atuação nesse país, ganhar respeito e força, amar essa gente por quem Jesus também morreu! Vamos trazer o inferno pra esse inferno aqui!"
E assim nasceu o Caminho Nações - Way to the Nations, o braço social do Movimento Caminho da Graça.
E eu nunca tinha escrito essa história. Agora que a
conto, não há dor (Já chorei tudo, meus manos, nem tenho mais lágrima!).
Tampouco há culpa. Aquilo foi permissão de Deus para nos mobilizar de modo
antes impensável.
Nunca na vida eu quis abrir uma agência humanitária. Não era essa a ideia do Rev. Caio Fabio D'Araújo Filho ao nos propor essa viagem! Eu sou profissional liberal. Não fazia a menor ideia do que se trata o tal "Terceiro Setor". Eu sustentava dezenas de Missões com meus boletos mensais, mas nunca quis ser um "missionário". Todavia, passados 4 anos, abrimos uma Base pequenininha (foto), depois outra maior, devolvemos muitas crianças às suas famílias, resgatamos outras tantas tirando-as debaixo das adagas que as imolariam. Adquirimos um condomínio, uma Casa de Acolhimento, a Fábrica de Esperanças (foto); e já demos "carteirada" em muita gente:
Nunca na vida eu quis abrir uma agência humanitária. Não era essa a ideia do Rev. Caio Fabio D'Araújo Filho ao nos propor essa viagem! Eu sou profissional liberal. Não fazia a menor ideia do que se trata o tal "Terceiro Setor". Eu sustentava dezenas de Missões com meus boletos mensais, mas nunca quis ser um "missionário". Todavia, passados 4 anos, abrimos uma Base pequenininha (foto), depois outra maior, devolvemos muitas crianças às suas famílias, resgatamos outras tantas tirando-as debaixo das adagas que as imolariam. Adquirimos um condomínio, uma Casa de Acolhimento, a Fábrica de Esperanças (foto); e já demos "carteirada" em muita gente:
"Saí da frente, sou missionário do Way to the Nations -
Humanitarian Association que arregimenta discípulos do Amor para lutar contra o
abuso nesse mundo cão! Saí da frente, em nome de Jesus! E assim, portas se
abrem, um disque-denúncia funciona, comunidades inteiras aprendem o Evangelho,
"Bobós" são devolvidos à vida e somos uma Boa Notícia - luz que
brilha nas trevas, sal que dá gosto a essa terra; vida, alegria e sorriso!
Garotinha, espero ter honrado teu sacríficio. Te beijarei de novo!
Em Julho de 2014,
Marcelo Quintela
www.caminhonacoes.com
Garotinha, espero ter honrado teu sacríficio. Te beijarei de novo!
Em Julho de 2014,
Marcelo Quintela
www.caminhonacoes.com
terça-feira, 9 de setembro de 2014
ENTRE MENINOS E HOMENS…
terça-feira, setembro 09, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments“Quando eu era menino…” — disse Paulo sem nostalgia do tempo decorrido...
Assim deveria ser com todo homem satisfeito com a alegria da maturidade.
Sim! Lembrar do tempo em que se era menino na fé em Cristo, mas não com saudade.
Menino faz meninice...
Paulo, no texto acima, retirado de I Corintios 13, não diz qual era a sua meninice, mas nos dias que ele já fora apenas um menino... Também ele havia sido um dia um menino.
Entretanto, considerando que ele diz que a maturidade de um homem somente é alcançada quando o homem aprende o caminho sobremodo excelente, a vereda do amor, então, é para se supor que a meninice de Paulo fora confiar mais na certeza da verdade do que na verdade do amor.
O fato que até em Cristo [e, sobretudo, em Cristo...] Paulo viu que as coisas poderiam ficar pequenas e infantis, conforme ele via na fé dos discípulos de Jerusalém [com os que estavam com Tiago], alguns deles ainda tão meninos e presos ao que já não era...
Entretanto, Paulo fez a viagem toda... Não nasceu escrevendo aos Efésios. Teve que viver...
Teve todas as fases de impressões...
quinta-feira, 4 de setembro de 2014
LEITURA DO NOVO TESTAMENTO
quinta-feira, setembro 04, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Leia a Palavra com o coração simples e cheio de fé!
“Vós tendes a unção que vem do Santo, e não precisam de que
ninguém ensine a vocês!”
LEITURA DO NOVO TESTAMENTO: Cada pessoa no Caminho deve fazer a leitura do N.T. conforme a seqüência que se segue, sem leitura orientada, a fim de que cada um, de si mesmo, verifique o significado do Evangelho sem as leituras pré-condicionantes aprendidas na religião.
Os livros do Novo Testamento foram escritos na seguinte ordem: 1ª. e 2ª. Tessalonicenses; Gálatas, Efésios, 1ª. e 2ª. Coríntios, e Romanos; Colossenses, Filemom; Filipenses, 1ª. e 2ª. Timóteo e Tito; 1ª. Pedro; Marcos; Mateus; Hebreus; Lucas; Atos; Tiago, Judas, 1ª. 2ª. e 3ª. João; o evangelho de João, 2ª. Pedro; e Apocalipse.
CHAVE HERMENÊUTICA: OLHE PARA JESUS E VOCÊ ENTENDERÁ A PALAVRA. "O Verbo se fez carne...", sendo assim, a Encarnação torna-se nossa única e possível chave hermenêutica para entender a Palavra, a mim mesmo, o próximo e a realidade atual.
1. Deve-se ler existêncialmente a Bíblia como tendo seu espirito realizada em Cristo. Ele veio para cumprir tudo. Cumpriu? Sim! Está consumado! Mas cumpriu de uma maneira legal-aos-sentidos? Não! Prova disso que o cumprimento da Palavra em Jesus era justamente aquilo que os mestres da Lei em Seus dias chamavam de transgressão. Assim, há um espírito até na Lei. Jesus cumpriu esse espírito, não suas materializações!
2. Deve-se ler as "falas" de Jesus e não somente fazer (quando se faz) exegese do texto. Antes disso, deve-se perguntar: qual o significado desse ensino de Jesus para Jesus? E a resposta é uma só: veja como Ele lidou com a vida, com as pessoas, com os fatos! Conferindo uma coisa com a outra fica-se livre da construção de dois seres irreconciliáveis: o Jesus que viveu cheio de amor e graça, e o Jesus que ensinou coisas que só os interpretes autorizados conseguem "captar".
3. Desse modo, então, não se faz jamais uma interpretação textual que não coincida com o comportamento e com a atitude de Jesus na questão, conforme o Evangelho. Eu confiro tudo com o espírito de Jesus, conforme o Evangelho.
4. Só assim Jesus não fica esquizofrênico ante os nossos sentidos: o que Ele disse, Ele viveu; e o que Ele viveu, é o que Ele disse.
"Assim, Jesus é a chave hermenêutica para se discernir a Palavra, mas mesmo assim, eu só a conhecerei como Verdade, se eu mesmo a provar na minha carne; e isto é o que acontece quando a gente anda no Caminho; e assim é mesmo quando a gente tropeça."
quarta-feira, 20 de agosto de 2014
Por quê eu desisti de servir os pobres
quarta-feira, agosto 20, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Claudio Oliver
Quem me conhece e sabe de toda minha trajetória de vida deve
achar no mínimo curioso o título acima. Minha família tem como referência
central as figuras de meu avô e minha avó paternos que foram fundadores do Exército
da Salvação no Brasil. Vidas dedicadas a mendigos, prostitutas, e de maneira
especial aos órfãos, enfermos e renegados. Minha paixão adolescente se viu
conquistada por lutas contra a pobreza, a fome e a injustiça e desde quando me
casei, há 25 anos atrás, estive envolvido com servir em favelas, a estudantes
pobres, populações carentes, mendigos, bairros periféricos, desempregados e
pessoas sem renda. Tenho no currículo o fato de ter ajudado a gerar renda,
facilitar a organização de famílias, feito pontes entre ricos e pobres,
alimentado pessoas e dado a oportunidade de que outros descobrissem profissões,
estudassem e transformassem seu futuro. “Empoderar” as pessoas, foi um dia um
dos pontos chave de minha prática de não criar dependência. Depois de tudo
isso, sou chamado a questionar toda a vida e a desistir de servir aos pobres.
Ao longo da vida guardo o hábito de sempre perguntar se o que
estou fazendo tem sentido, se diante de meu Senhor e Deus estou com meu coração
alinhado à Sua vontade, se não estou errando o alvo. Sigo com disciplina a
regra dos três “por quês”, que pergunta a cada resposta dada o tipo de pergunta
que só as crianças sabem fazer e que me auxilia a gerar um vetor de mudança
permanente, de auto-crítica e de realinhamentos pessoais. Assim, a cada etapa,
ao fazer cada coisa pergunto: Por quê? E qualquer que seja a resposta, a ela de
novo pergunto: Por quê? Me sinto no caminho quando aquilo que faço ultrapassar
o terceiro por quê, e daí sigo adiante.
quinta-feira, 14 de agosto de 2014
A DIFERENÇA ENTRE O DISCÍPULO E O SEGUIDOR OCULTO
quinta-feira, agosto 14, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Outro dia meu filho Ciro e eu
conversávamos sobre Judas, Nicodemos, José de Arimatéia e outras figuras do
Evangelho.
Ele me disse: “É impressionante
como as pessoas querem tudo, menos o que Jesus disse que queria de nós. Querem
ser Mestres, Pastores, Levitas, Reverendos, etc... Só não querem ser
discípulos”.
Então minha mente foi para uma
quantidade enorme de cenas dos evangelhos nas quais Jesus estava cercado de
admiradores e papagaios de piratas.
O próximo passo foi pensar na diferença
entre um verdadeiro discípulo e o admirador distante, ou mesmo o admirador
próximo.
De fato, como nos evangelhos,
Jesus continua cheio de admiradores, porém com bem poucos discípulos.
Nada estranho. Afinal, Ele mesmo
disse que Seus seguidores seriam apenas “um pequenino rebanho”.
Quero pensar hoje em apenas dois
admiradores de Jesus que se posicionam em pólos extremos da admiração. O
primeiro é Judas. O outro é Nicodemos.
segunda-feira, 11 de agosto de 2014
FÉ E CRENÇA
segunda-feira, agosto 11, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Jacques Ellul
De
um único verbo, crer, originam-se dois substantivos que representam
ações radicalmente opostas: crença e fé. Porém quando quero usar uma forma
verbal para expressar a minha fé tenho ainda de usar crer, a não ser que
escolha uma fórmula ainda pior, ter fé.
A
crença provê respostas a nossas perguntas, a fé nunca o faz. Cremos para
encontrar segurança, solução, uma resposta para os nossos questionamentos.
As pessoas creem para desenvolverem para si um sistema de crenças. A fé (a
fé bíblica) é completamente diferente. O propósito da revelação é fazer com
que ouçamos as perguntas, e não suprir-nos com explicações.
A
fé, em primeira instância, é ouvir, como Barth tão frequentemente nos faz
lembrar. A crença fala e fala, atola-se em palavras, interpola os deuses, toma
a iniciativa. A fé requer um posicionamento inteiramente oposto: a fé
espera, permanece atenta, colhe sinais, sabe o que fazer das parábolas mais
delicadas; ela ouve pacientemente o silêncio até que o silêncio seja
preenchido pelo que ela toma sendo a inquestionável palavra de Deus,
palavra da qual se apropria.
A
fé isola o indivíduo; a crença, (qualquer que seja, inclusive a cristã) ajunta
pessoas. Na crença nos vemos unidos a outros na mesma corrente institucional,
todos orientados em direção ao mesmo objeto de crença, compartilhando das
mesmas ideias, seguindo os mesmos rituais, arrolados na mesma organização,
quer seja religiosa ou social, falando o mesmo dialeto. A crença age como apaziguadora
na sociedade, ela é a chave para o consenso que buscamos, o definitivo e há
muito proclamado como necessário elemento essencial da vida comunal. A fé
sempre trabalha de maneira exatamente oposta. A fé individualiza; ela é
sempre e exclusivamente uma questão pessoal. Fé é o relacionamento
pessoal com um Deus que se revela como uma pessoa. Esse Deus singulariza a
pessoa, coloca-a à parte, e confere a cada pessoa uma identidade que não é
comparável à de nenhuma outra. A pessoa que ouve a palavra de Deus é a única
a ouvi-la; neste ato ela está separada das outras pessoas, e nele ela torna-se
única – implesmente porque o elo que liga esse indivíduo a Deus é único,
exclusivo e inviolável. Trata-se de um relacionamento singular com um
Deus único e absolutamente incomparável.
quarta-feira, 6 de agosto de 2014
Nos ajude!
quarta-feira, agosto 06, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Na
Nigéria as crianças são abusadas pelos cristãos do mal.
No Senegal, elas são abusadas pelos muçulmanos do mal.
Na Índia, pelos hindus do mal. E as ONGs se alimentam das religiões que se alimentam de crianças.
Os deuses tem que ir para o inferno!!! - Lugar onde as religiões foram inventadas! "Lugar" que a maioria das ONGs se tornou...
Acompanhe os diários, textos e vídeos pelo hotsite da expedição...
Basta acessar o link abaixo:
http://www.fabricandoesperancas.com/
Compartilhe. Ore. Ajude.
O projeto é de todos!
#juntospodemosmais
#FabricandoEsperanças
No Senegal, elas são abusadas pelos muçulmanos do mal.
Na Índia, pelos hindus do mal. E as ONGs se alimentam das religiões que se alimentam de crianças.
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#FabricandoEsperanças
quinta-feira, 31 de julho de 2014
O Deus Jardineiro
quinta-feira, julho 31, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Por Rubem Alves
Um amigo me disse que o poeta Mallarmé tinha o sonho de escrever um poema de uma palavra só. Ele buscava uma única palavra que contivesse o mundo. T.S. Eliot no seu poema O Rochedo tem um verso que diz que temos “conhecimento de palavras e ignorância da Palavra”. A poesia é uma busca da Palavra essencial, a mais profunda, aquela da qual nasce o universo. Eu acho que Deus, ao criar o universo, pensava numa única palavra: Jardim! Jardim é a imagem de beleza, harmonia, amor, felicidade. Se me fosse dado dizer uma última palavra, uma única palavra, Jardim seria a palavra que eu diria.”
Depois de uma longa espera consegui, finalmente, plantar o meu jardim. Tive de esperar muito tempo porque jardins precisam de terra para existir. Mas a terra eu não tinha. De meu, eu só tinha o sonho. Sei que é nos sonhos que os jardins existem, antes de existirem do lado de fora. Um jardim é um sonho que virou realidade, revelação de nossa verdade interior escondida, a alma nua se oferecendo ao deleite dos outros, sem vergonha alguma… Mas os sonhos, sendo coisas belas, são coisas fracas. Sozinhos, eles nada podem fazer: pássaros sem asas… São como as canções, que nada são até que alguém as cante; como as sementes, dentro dos pacotinhos, à espera de alguém que as liberte e as plante na terra. Os sonhos viviam dentro de mim. Eram posse minha. Mas a terra não me pertencia.
O terreno ficava ao lado da minha casa, apertada, sem espaço, entre muros. Era baldio, cheio de lixo, mato, espinhos, garrafas quebradas, latas enferrujadas, lugar onde moravam assustadoras ratazanas que, vez por outra, nos visitavam. Quando o sonho apertava eu encostava a escada no muro e ficava espiando.
Eu não acreditava que meu sonho pudesse ser realizado. E até andei procurando uma outra casa para onde me mudar, pois constava que outros tinham planos diferentes para aquele terreno onde viviam os meus sonhos. E se o sonho dos outros se realizasse, eu ficaria como pássaro engaiolado, espremido entre dois muros, condenado à infelicidade.
Mas um dia o inesperado aconteceu.
terça-feira, 22 de julho de 2014
Humor: O Papagaio Crente
terça-feira, julho 22, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
- Pastor,
boa noite
- Oi mana!
- Estou constrangida, mas vou falar
- Sei...
- O sr. crê em possessão de animais?
- Não mana
- E os porcos que ficaram endemoninhados e caíram no precipício?
- Acredito que a linguagem é figurada
- Como assim?
- Porco para o judeu é a representação da imundice e abismo é a existência projetada para o caos... Não posso afirmar que não aconteceu, mas interpreto desta forma.
- O meu papagaio está endemoninhado pastor
- Verdade mana?
- Sim.
- Por que você acha isso?
- Ele fica falando palavrão o dia todo e, quando repreendo em nome de Jesus, fica dando gargalhadas horríveis
- Oi mana!
- Estou constrangida, mas vou falar
- Sei...
- O sr. crê em possessão de animais?
- Não mana
- E os porcos que ficaram endemoninhados e caíram no precipício?
- Acredito que a linguagem é figurada
- Como assim?
- Porco para o judeu é a representação da imundice e abismo é a existência projetada para o caos... Não posso afirmar que não aconteceu, mas interpreto desta forma.
- O meu papagaio está endemoninhado pastor
- Verdade mana?
- Sim.
- Por que você acha isso?
- Ele fica falando palavrão o dia todo e, quando repreendo em nome de Jesus, fica dando gargalhadas horríveis
quinta-feira, 17 de julho de 2014
Um texto que dá uma ideia da direção a seguir, baseada na tradição da qual fazemos parte.
quinta-feira, julho 17, 2014 Posted by: Caminho em Big Field., 0 comments
Assim, mais ou menos, expressa Rohr:
A chave para entrar na nova ordem social descrita por Jesus nunca é nossa dignidade, mas sempre graça de Deus. Todos nós somos salvos pela misericórdia divina e não pelo desempenho de que somos capazes. Qualquer tentativa de medir ou aumentar nossa dignidade estará sempre aquém, ou nos forçará à posição de negação e pretensão, que produz hipocrisia e violência - para nós e para os outros.
Mudar para uma "economia da graça " deixando de lado nossa habitual "economia de mérito" é muito difícil para os seres humanos... muito difícil. Nós, naturalmente, baseamos quase tudo na cultura humana em realizações, desempenho, feitos, pagamentos, valor de troca, aparência ou merecimento de algum tipo - o que pode ser chamado de "meritocracia" (o reinado do mérito ). A menos que nós experimentemos um rompimento dramático e pessoal do costume e regras acordadas baseadas no mérito, será quase impossível não acreditar ou operar fora de sua rígida lógica. Isso não pode acontecer teoricamente ou abstratamente, ou de alguma forma "lá fora". Isso precisa acontecer comigo!
A nossa palavra para a quebra dramática desta regra inflexível é a graça. A graça é a magnífica "queda da bastilha" que Deus pode fazer acontecer com nossas prisões auto-impostas, a única maneira pela qual a economia de Deus pode triunfar sobre o nosso sistema de mérito fortemente internalizado e impresso nas nossas vidas. Graça é a chave secreta, imerecida, pela qual Deus, o serralheiro Divino das barras de ferro de todas as vidas e para toda a história, que nos liberta. (Veja Romanos 11:06 , Efésios 2:7-10 ).
A vida, quando vivida plenamente, tende a nos dar instrumentos e a reequipar-nos, até que , eventualmente, descubramos uma misericórdia que preenche todas as lacunas necessárias para a nossa sobrevivência e sanidade. Sem graça, tudo que for humano declina e se transforma em pequenez, dor e culpa.
Texto
de Richard Rohr, adaptado por Claudio Oliver.
Adaptado de Dancing Standing Still:
Healing the World from a Place of Prayer,
pp. 42-43
pp. 42-43
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